quarta-feira, 6 de junho de 2012

"Kahlmeyer-Mertens nas vozes ressonantes de Umberto Eco", ensaio de Dalma Nascimento


Não há quem não fique contente (e até lisonjeado) com uma crítica favorável a um trabalho. A alegria aumenta exponencialmente quando reconhecimento e apreciação vêm de alguém como a Professora Dalma Nascimento. Professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro – RJ, Doutora em Teoria Literária e membro do Pen Club do Brasil. A intelectual assistiu minha conferência comemorativa dos oitenta anos de Umberto Eco e, dias depois, enviou-me um ensaio apreciando aquela fala.
Recebi o texto como um presente – este ofertado por uma figura cuja capacidade e inteligência só não são maiores do que sua generosidade –. Ao publicá-lo em Literatura-Vivência, longe de um ato de cabotinismo, desejo patentear o agradecimento cordial à professora Dalma declarando a satisfação de tê-la como uma afinidade eletiva.






1 A performance do conferencista e a relevância do autor  

Com a peculiar erudição que o caracteriza e o fluente domínio do tema, o filósofo e professor Roberto Kahlmeyer-Mertens proferiu na última semana, no Cenáculo Fluminense de História e Letras, a conferência “Os ecos de um intelectual Plural: Umberto Eco faz 80 anos”.  Já no jogo das palavras do titulo, o expositor provocou interesse de serem conhecidas as ressonâncias desse escritor multifacetado,  nascido em Alexandria (no Piemonte italiano) em 5 de janeiro de 1932.
Assim, o  pensamento polissêmico de Eco foi sendo analisado  por Kahlmeyer na sua fala objetiva, metódica, produtora de sentidos, fruto de aguda investigação e  de segurança epistemológica. Demonstrou pesquisa, sem, contudo, se apoiar em textos previamente  escritos,  iniciando  a exposição pela biografia do autor. Contextualizou-o, enfatizando os reflexos existenciais na produção das suas obras.  Referiu-se à enciclopédica cultura de Eco, um ser, ao mesmo tempo,  filósofo, historiador, semiólogo, linguísta, bibliógrafo, ensaísta   e romancista.
 Transitando em tantos horizontes do intelecto, ele  doutorou-se em Turim orientado por Luigi Pareyson, E, ao   teorizar  na sua  tese  o pensamento de Tomás de Aquino,  o ideário do mestre tomista o seduziu.  Voltou-se, ainda mais,   para o  universo e a estética medievais.  sendo este período o pilar temporal  preferido das  suas  construções literárias  Porém, antes de tornar-se romancista  de sucesso, triunfou no magistério. Professor convidado em Yale, Harvard, Collège de France, lecionou também em Turim, Florença e Milão, aposentando-se, na Universidade de Bolonha, no nível máximo de titular.
 Apesar dos múltiplos caminhos em philia dialógica, ou seja, em fraterna interlocução, dois grandes vetores nortearam-lhe o trajeto. Primeiro, a escrita teórico-ensaística, comprometida com a Semiótica e com os avanços da cultura de massa. Depois, emerge a   ficção, através da qual Umberto Eco se tornou mais conhecido pelo grande  público, embora estes dois veios sempre se harmonizassem confluentes.  


2 Etimologias  e os ensaios teórico-semióticos  de Eco

Antes de aprofundar a primeira vertente das produções do autor, Kahlmeyer investigou o  significado do termo Semiótica, questão, aliás, de título divergente (Semiótica ou Semiologia?) conforme for nomeada por teóricos europeus ou norte-americanos. Sem, contudo, aludir a tais irrelevantes polêmicas,  o conferencista esclareceu que Semiótica, do grego semiotiké, significa “ótica dos sinais”, isto é, “ter olhos de ver signos ou sinais”. Então a  teoria semiótica  “permite  compreender sinais e desvendar suas referências aos códigos”. 
Clarificando ainda mais o assunto, Kahlmeyer foi ao étimo da palavra Teoria, advinda de Theorein (fixar), decompondo-a em Theos + Horaus (olhar dos deuses), o que demonstra ser ela, a Teoria, uma visão privilegiada do mundo. Daí, apontar para  um “contemplar”, um “ver” profundo ao interpretar sinais. Tal contemplação  permite criar novos códigos, entender e fazer a exegese das culturas que estão emergindo. Conceito este que,  descoberto por Umberto Eco no Ensaio sobre o entendimento humano, de Locke,  foi  trazido à atualidade e influenciou as filosofias da linguagem e o discurso do imaginário.
No filão de ensaios com teorias semióticas, o pensador italiano publicou trinta e três livros. Numa batalha de ideias, o primeiro foi a  desveladora Obra aberta, abrindo campos de possibilidades à interpretação do literário. Em 1964, surgiu o tomo: Apocalípticos e integrados.  Ali, Eco focaliza a problemática  da cultura de massa, analisa a estética do mau gosto (o Kitsch), discute  mitos e símbolos massificadores da dinâmica contemporânea. Consigna também o surgimento  de outras estéticas  para atender às carências do consumo. Centra-se  mais  em MacLuhan do que em Adorno.
No movimento semiótico, entre outros livros, publicou A estrutura ausente (1968); As formas do conteúdo (1971); Seis passeios pelos bosques da ficção (1994); Como se faz uma tese (1995), metodologia, útil a alunos; Kant e o ornitorrinco (1997), refutação às categorias kantianas, sendo o ornitorrinco, exceção a regras; Cinco escritos morais (1997) sobre  racismo, alteridade e fascismo. Organizou as coletâneas História da Beleza (2004) e História da Feiúra (2007), esta, com textos que, à moda de Foucault, narram  a história dos interditos, onde o feio se associa ao hostil e ao denegrido. No rápido  panorama teórico ensaístico – tradutor das  novas relações entre o homem e o mundo –,  o erudito expositor mencionou Não contem com o fim do livro (2110), obra  que, segundo ele, será objeto de futuras cogitações  no Cenáculo.


3 As produções romanescas.

Umberto Eco tornou-se  ficcionista  internacional com O nome da rosa, trama eivada de discussões teológicas e filosóficas ambientada num convento medieval. Composta  em 1978-1979, mas lançado  em 1981-1982,  ela é dotada de um Pós-escrito tão precioso quanto  o livro, sobremodo para quem se dedica a este gênero romanesco.  Adaptada   ao cinema por Jean-Jacques Arnaud,  e tendo Sean  Connery e Christian Slater nos papéis principais, a  narrativa  comprova o  valor de produções policiais, de há muito, não mais considerada literatura menor na seara da arte. Enfático, Kahlmeyer sublinhou a importância  estética de  composições detetivescas.
 A Idade Média, já se disse, constitui  marco decisório  na formação intelectual do escritor italiano. Assim, para  montar enredos fidedignos, Eco elabora fichas, emprega clichês, recorre a autores medievais, serve-se de cartografias, de signos iconográficos e de outros traços verídicos – como afiançou o conferencista –visando a  ilustrar a exposição. O escritor deseja transfigurar uma época que lhe seja própria. Kahlmeyer relatou pequenos detalhes, no entanto, relevantes à estrutura textual. Exemplo: o apuro na construção da biblioteca. Para narrá-la, Eco inventou um local arejado, a fim de ela poder ser queimada pela combustão. Deveria expressar a cosmovisão coerente com o momento cultural, ainda que, de maneira ficcionalizada.
A seguir, pela exiguidade do tempo, não se ateve ao romance de 1988, O pêndulo de Foucault. Mas iluminou  outro, A ilha do dia anterior, de 1994, traduzido por Marco Lucchesi. Localizado no polêmico século XVII, o texto se constrói – aliás, marca peculiar de Eco –, com referências  literárias, filosóficas, linguísticas, estéticas, astronômicas, náuticas, bélicas, botânicas, médicas e até com a arte da esgrima. Em que pese a superabundância de desdobramentos oceânicos, a escrita desenha excelente painel daquele segmento  histórico com temas que fagulham a fantasia. Caravelas, travessias, enigmas, espionagem, segredos de estado, guerras, duelos, questões religiosas, amores idealizados são ingredientes romanescos que dão ibope.
 Além de tudo, há a utopia da Ilha Perdida ou Encantada, sonho que mexe com o inconsciente coletivo desde tempos imemoriais. A enigmática terra, na pena literária do escritor, situa-se na  confluência de tempos e espaços, no centésimo-octogésimo meridiano, ou seja, entre o ontem e o hoje. Daí o título, A ilha do dia anterior.  Em meio a tantos saberes, os episódios  configuram-se dúbios  em todos os níveis, o que lhes confere o caráter  dicotomizador e dilacerante da estética maneirista, atuante naquele tempo histórico-estético captado pela escritura moderna de Eco. [1] 
Depois, o Professor Kahlmeyer reportou-se ao Cemitério de Praga, best-seller de agora. Comentou a esquizofrenia  do personagem central, Simone Simonini, o único “inventado” no relato. Ora ele  assume sua  identidade de autêntico falsificador, ora, a outra, a do Abade Dalla Piccola, embora ambos se  ignorem, mas se comuniquem por recados.  Mais um dúplice  golpe de mestre do romancista! Com cenários histórico-culturais e absurdos acontecimentos – verossímeis apenas  na estrutura interna –,  na trama se  dão a ler  conspirações no cemitério de Praga, entre  fatos escabrosos e estranhos, até com alusões aos “Protocolos dos Sábios  do Sião”. Envolve, contudo,  importantes acontecimentos factuais. Lá estão, por exemplo, Garibaldi, Freud, Dumas, o Caso Dreyfus, Charcot, episódios médicos, histerias, hipnoses, jesuítas, maçons, receitas culinárias. Realidade e Irrealidade enlaçadas!  O livro reúne  um pot-pourri diabólico até engaçado, no qual Simonini é visceralmente antissemita, marca do avô,  e,  com alusões abjetas, coprológicas, ele rechaça  várias  raças e sistemas...
            Por não mais  dispor de tempo, o conferencista não se deteve – mas não fez falta! – em  dois romances  expressivos: A misteriosa chama da rainha Loana, e Baudolino. O primeiro conta a vida   de um alfarrabista que  acorda, com a memória perdida, após um acidente vascular cerebral. O segundo, Baudolino, tradução também de Lucchesi, é uma deliciosa  narrativa passada no século XII-XIII, época de  inúmeras transformações na Idade Média Central. Descreve as façanhas de um herói popular bandoleiro, um camponês sonhador erudito, pícaro andarilho numa divertida  farsa burlesca. Por meio dele, Eco repristina lendas ouvidas, na infância em sua terra natal, dando ao personagem o mesmo nome de São Baudolino, o padroeiro da cidade.
            Finda a brilhante conferência, o presidente da entidade, Júlio Vanni,  encerrou a sessão, sendo o porta-voz  da assistência “nos passeios pelos bosques da ficção” e da cultura. Após o banquete do espírito, veio o ágape do corpo: vinhos, salgados e doces sempre servidos naquela Casa Italiana. Porém, os ecos de Eco, sonorizados pela  voz  do conferencia, ficaram ressoando  na memória coletiva...
 Faz-se, portanto, necessário um ciclo sobre o autor, tal o acervo do conferencista.  Porque Roberto Kahlmeyer-Mertens deu-nos uma AULA, na acepção de Barthes, quando este foi introduzido  no Collège de France. 





[1] Quando o livro foi lançado no Brasil, publicamos na Tribuna da Imprensa, caderno cultural (Tribuna Bis)  em 29/ 03 /1995, p. 9,  ampla resenha da obra  A ilha do dia anterior,  com  o título: “A ilha do sonho eterno.  Romance de Umberto Eco formado por labirintos intelectuais’.   Certos  tópicos  de nossa leitura  inserimos no presente texto. 



Divulgação Cultural
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24 comentários:

  1. José Pais de Moura7 de junho de 2012 às 07:49

    Professor Roberto Kahlmeyer.
    Como, a prf. Dalma Nascimento, faz elogios sobre a sua exposição a Umberto Eco !
    Certeza, ceteza, não só ela, a fazer eco.
    Anteriormente, "O que significa ser fluminense? uma descrição escrita, com maestria poética, leveza e minúcias tão autênticas! Tal, fosse feita pelos imortais... Drummond, Fernando Pessoa.
    Á minha maneira, também uma exposição poética.
    Um sincero abraço deste luso-brasileiro... José Pais de Moura.

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  2. Em meus tempos de UFF, lembre de ter ouvido falar muito da Profa Dalma. Acho que ela chegou a dar aulas na UFF. É uma professora com grande conhecimento e é, com certeza, um privilégio ter uma apreciação desta feita por ela. É uma bela fortuna crítica!

    Abraços,Roberto.
    Bom feriado.

    Sônia

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  3. Em suma: um intelectual. Não é Dalma?!

    Parabéns Profressora Dalma Nascimento pela iniciativa e pelo texto tão bem escrito.

    Ricardo Sanchel

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  4. Bom dia, Roberto Kahlmeyer.

    Cuide de seus pensamentos.
    Tudo começa no pensamento, não se fixe em coisas negativas.
    Se você tem vibrações positivas você atrai o positivo.
    Se você tem vibrações negativas você atrai o negativo.

    Do pensamento surge o hábito,
    Do hábito surge o caráter,
    Do caráter, surge o destino.

    Um Feliz Feriado de Corpus Christi, extensivo a família.

    Dos amigos,
    Alberto Slomp e querida esposa Yara Regina Franco.

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  5. Caro Kahlmeyer, achei simplesmente espetacular a obra de André Martins de Barros. Seguindo o link do site dele logo abaixo do quadro do filósofo, nãos descobrimos um mundo de criatividade e talento. Parabéns pela escolha da imagem!

    Professora Dalma, a senhora é uma Scholar!
    Cordiais saudações,

    Lucio

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    1. Pois é, Lucio.
      Mas conhecendo a obra do renascentista Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), você terá essa sensação de admiração arrefecida.
      A obra de André Martins de Barros é um pastiche da outra.

      Abraços,
      Roberto

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  6. Luís Pimentel, Carlos Rosa Moreira, Belvedere Bruno, Dalma Nascimento... Neste seu Blog só comparece a ELITE!
    Parabéns pelas seletas escolhas

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  7. Dalma Nascimento é um expoente na cultura brasileira. Seus exercícios e tarefas vão além da sala de aula. Geradora não só de estudos embasados na área das ciências especulativas. É sem dúvida mentora e criadora de significantes personalidades no circuito da Arte. Não há elogios cabíveis a grande mestre, ensaísta, escritora e animadora cultural.
    Vicente de Percia
    Associação Brasileira e internacional de críticos de arte. Bow Art International

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    1. Agradecemos ao regente Vicente de Percia a repetição do texto de Dalma Nascimento no sítio da "Bow Art International". Este espaço internacional multiplicou a matéria para outros idiomas em vários países.

      Confiram: http://bowartinternational.blogspot.com

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  8. Caro Roberto,
    legítimas todas as manifestações de sua excelente fala sobre Umberto Eco, no Cenáculo, especialmente a da Profª
    Dalma Nascimento. Você e ela são das mais eminentes
    expressões culturais de nossa terra. Somam-se a outros
    nomes de grande valor.Sinceros parabéns a ambos. É enorme
    privilégio ler matérias deste quilate.
    Luiz Calheiros.

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  9. Cristiane Rodrigues7 de junho de 2012 às 09:39

    Cara professora Dalma Nascimento,

    A senhora utilizou, por mais de uma vez, o termo "erudito" em seu texto. Acho que a escolha dele para falar do professor Roberto é muito feliz.

    Embora muito jovem, é admirável a cultura que este rapaz possui. Fui aluna dele no curso de Mestrado em 2003 é ele assombrava a todos com seu conhecimento. Onde achávamos que não era fossível chegar, ele chegava.

    Em sua atitude fortemente respeitosa e, ao mesmo tempo, cordial, existe algo de ascético. Coisa de quem vive para estudar sublimando outros prazeres que não sejam os intelectuais.

    Fico feliz em saber que as sementes de meu querido professor tenha encontrado solo fecundo com Dalma Nascimento!

    Num encontro como este, quem sai lucrando é a cultura.

    Ao Roberto Kahlmeyer e a Professora Dalma, meus cumprimentos.

    Cristiane Rodrigues (Campos dos Goytacazes-RJ)

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    1. Prezada Cristiane,

      Que bom saber de você após todo este tempo!
      Como vai o clima e a gente dessa venerável e hospitaleira terra goitacá?

      Abraços do Roberto

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  10. não, eh preciso dizer: o cara eh sinistro mesmo! :0

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  11. Dalma, falo pouco, mas digo muito: Eu te amo!
    Belvedere

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  12. Ricardo S. Kahlmeyer Mertens7 de junho de 2012 às 12:30

    Pois é, mano, seu trabalho com as letras vai ganhando força. E olha que seu forte não são nem as letras literárias, mas as filosóficas!

    Fico feliz em ver gente séria como a professora Dalma lhe dedicando textos, é sinal que ela sabe reconhecer talentos e, o melhor, tem a grandeza de dizer, coisa que sei que pouca gente faz.

    Sinto-me muito orgulhoso de ver seu crescimento. Sua trajetória com as letras obedece àquela mesma tenacidade de menino.

    "Mestre de quem sabe", você, meu irmão é um intelectual admirado por mim e por todos aqueles a quem falo de você.

    Fique com Deus, meu irmão.

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  13. O Blog está abrindo horizontes para Niterói. Não se pode perder esta chance. Há uma substantiva mudança na cosmovisão dos intelectuais da terra. O Kahlmeyer-Mertens está revolucionando a cidade. "Re-volução" que é, ao mesmo tempo retorno, regresso, reinterpretação do passado, mas com movimento ao futuro. Bem na concepção de Walter Benjamin. Está operando na teoria unitária do tempo.

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  14. Queria ter assistido sua fala no Cenáculo, Roberto...

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  15. O ensaio da Dalma ratifica e fortalece em nossa lembrança a memorável conferência do Roberto, que nos trouxe Umberto Eco de volta, velho “conhecido” nosso.

    Compartilhar o texto literário de Dalma Nascimento, é privilégio dos privilégios. Nossas estantes sentem falta das suas publicações.

    Fraterno abraço da Liane.

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  16. Juntar Umberto Eco, Roberto Kahlmeyer-Mertens e Dalma Nascimento só poderia dar esta maravilha de ensaio que nos engrandecem culturalmente o nosso Brasil. Meus parabéns! Abraços de Sergio e Ana Bonelli Caldieri.

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  17. Achei o texto muito bom, filosófico, embora bem construído pela Professora Dalma Nascimento.Não sabia da palestra, gostaria de ter ido. Vai repetir? Quando será a próxima?Cumprimento os dois Doutores: Dalma Nascimento e Roberto Kahlmeyer-Mertens
    Diva Maria Duarte

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  18. Estimada Dalma,
    Parabéns pelo texto, uma "reportagem" erudita sobre a fala do Roberto. Ecos e ressonâncias.
    Grande abraço,
    Wanderlino

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  19. Parabéns, Dalma, por seu primoroso trabalho! Você, como sempre, brilhante.
    Grande abraço.
    Izaura Sousa e Silva

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