sábado, 16 de abril de 2011

D. Pedro II: Literato e verdadeiro Patrono da inteligência brasileira

Quem são os “atores” da Renascença Fluminense? As postagens anteriores suscitaram perguntar como essa. Essas desejam saber se teríamos talentos que pudessem encabeçar a proposta de um renascimento da cultura literária fluminense (e, se caso houvesse, quem seriam essas figuras). As postagens que se seguirão a esta vêm responder a essas indagações. Apresentaremos alguns dos escritores que compõem o significativo cenário da literatura fluminense (sejam eles vivos-atuantes ou pertencentes a um passado ainda muito vigente). Consideremos homenageados os nomes aqui contemplados; estejamos, pois, preparados para o que é reconhecido como o melhor e o mais louvável na literatura feita no Rio de Janeiro.



Terra do Brasil, Dom Pedro de Alcântara

Espavorida agita-se a criança,
De noturnos fantasmas com receio,
Mas se abrigo lhe dá materno seio,
Fecha os doridos olhos e descansa.


Perdida é para mim toda a esperança.
De volver ao Brasil; de lá me veio
Um pugilo de terra; e neste creio
Brando será meu sono e sem tardança...


Qual o infante a dormir em peito amigo,
Tristes sombras varrendo da memória,
ó doce Pátria, sonharei contigo!


E entre visões de paz, de luz, de glória,
Sereno aguardarei no meu jazigo
A justiça de Deus na voz da história!