“Ser anfitrião das belas letras.”
Com esta legenda, o presente Blog pretende abrir espaço para os talentos da literatura (com ênfase na fluminense). Tal sítio é reservado ao fomento e divulgação da boa poesia, da crônica, do conto, da crítica e, também, da vivência em meio às Instituições acadêmico-literárias. Preservar a memória dessa literatura, promover o trabalho de autores cujas obras já se encontram consolidadas e apoiar as promessas que ingressam na senda literária é o nosso papel.
Em nossa cidade ocorre o Encontro de Niterói com a América Latina. Quem desejar saber mais sobre o evento, pode clicar nos links que disponibilizo abaixo. Em nosso caso, a contribuição de Literatura-Vivência para o espírito de intercâmbio cultural do evento não poderia ser outra senão um quinhão literário-vivencial: uma tradução (própria) do poeta e intelectual latino-americano Octavio Paz.
Mesmo sabendo que Miguel de Unamuno condenava as traduções – especialmente a de poesias –, preciso me inclinar a pensar a viabilidade dessa prática (apoio-me em Ronái e em Geir para tal). Até para que este projeto ocidental-renascentista (lembremos que a tradução é uma invenção europeia, a ponto de, em algumas línguas asiáticas, a palavra “tradução” sequer existir) ganhe concretude no evento em questão; até para que o sonho de la unidad de Latino America, alentado uma geração antes da minha, possa ser novamente nutrido.
Vejamos a poesia de Octavio Paz, hoje dedicada por mim à escritora Branca Eloysa:
Palavras? Sim, de ar, e perdidas no ar. Deixe-me que perca entre palavras, deixe-me ser no ar entre uns lábios, um sopro vagabundo sem contornos, breve aroma que no ar se desvanece.