quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ensaio de Dalma Nascimento: "A ponte e o rio - alegorias de situações humanas"




"Caminho e balança,
 ponte e palavra
 encontram-se em uma passagem.
 Vai e toma sobre ti
 erro e pergunta
 ao longo de tua única senda".
               (Martin Heidegger, A experiência do pensar)

 
        
                                                  A ponte e o rio                           



1- As tensões existenciais da história

A concisa peça teatral de Norberto Seródio Boechat, De Repente, Vozes, encena poeticamente, atitudes psicológicas e filosóficas do viver humano através do dramático diálogo de duas figuras alegóricas [1] em tensão: a Ponte e o Rio. Iluminando reflexões fundamentais de conteúdo universal, o autor, com novos timbres e imagens, problematiza situações   existenciais frequentes entre pensadores do passado e do presente.
A trama de Boechat se desenrola num ambiente campesino de tonalidades neoclássicas e românticas, sugeridas no texto pela rubrica com as marcações de palco. Delineia-se, então, no imaginário do leitor/espectador a cena introdutória: o lusco-fusco de um entardecer/ anoitecer bucólico, em que a paisagem natural, com exuberantes metáforas, ganha conotações cósmicas atemporais: montanhas, um vale, voos de pássaros, ruídos rurais de um final do dia, brisa suave levantando “cálices de pó e folhas secas”, nuvens.  Infinito.
Aberto totalmente o pano do cenário, eis, em primeiro plano, os dois núcleos geradores do relato. De um lado, a Ponte: solitária, contemplativa, imutável. Petrificada entre dois rochedos. Com a madeira corroída pelo tempo e pelos dramas a que assiste, mostra-se majestosa. Mas, sendo uma representação anímica das inquietações humanas, sofre tensões subterrâneas. Sem vida própria, sente “as dores e alegrias” dos que por ela passam e “entram em (sua) essência e fazem vibrar o íntimo de (suas) fibras envelhecidas”. Vicariamente, delega suas emoções aos transeuntes que vêm e vão; ao vento “que leva ao pó (suas) feridas”; à chuva, que lhe “lava as entranhas”. Busca, assim, “nessa vida todo seu significado e grandiosidade”, ainda que, em segredo, ou inconsciente, deseje as palpitações do mundo. 
De outro lado, o Rio, em contínua movência e mutações. Corajoso, ele aceita e assume “o universal destino”, que lhe foi traçado. Mas não se cristaliza em verdades prontas. Aventura-se. Transita por continentes. Confere beleza ao entorno. “Penetra as rochas em mil desenhos”. “Junta-se ao mar’. Renova-se. “É expressão do infinito na infinitude das formas”. “Jamais, repete os movimentos”. Como já pensara Heráclito, suas águas, de fato, nunca são iguais. Ninguém passa duas vezes pelo mesmo rio. Porém, apesar da importância, sofre igualmente “as dores e o peso dos corpos” dos que por ele navegam. Convive com antinomias. Partilha da ambivalência das coisas, conforme confessa à Ponte: “Não vês que, há milênios, transporto esperança, luzes nos conveses. Mas ao mesmo tempo, escuridão nos porões?”. Julga-se, entretanto, um semideus: “Sabes, quase sou uma divindade: carrego a força da vida, o princípio... e o fim”. Imerso na primitividade arcaica, ele reúne em si o dualismo do sacer, do sagrado inaugural, quando claridade e trevas, começo e término deveriam ter-se abraçado  sem os maniqueísmos reducionistas das posteriores religiões.
O simbólico universo acima, apenas esboçado, claramente denota que a proposta de Boechat é colocar em questão, por meio de emblemas alegóricos, o Grande Teatro da Alma, onde contracenam e se conflitam duas condutas humanas divergentes: o conformado imobilismo dos indivíduos-Ponte e a dinâmica construtiva dos seres-Rio. Com argumentos específicos a ambos, tal mensagem se dá a entender quando se digladiam as codificadas certezas de um, diante da mutante fluidez dos atos em processo, do outro. Pedagógico sem proselitismo, o autor pretende demonstrar por esse embate que tudo depende da decisão pessoal. Das escolhas, pois o problema central reside no crucial impasse: acolher a inércia da Ponte ou o fluir arfante do Rio? Aceitar o risco aleatório do novo ou o desenho existencial já riscado pelo destino, embora só Deus conheça por inteiro o traçado do bordado?
Porém, o final da peça deixa entrever o triunfo – ainda que provisório –, da ação humana. Ação que gradativa se vai construindo rumo àquela infinidade de formas ainda sem forma, em compasso e confluência com a harmonia circulante no cosmos. Tanto que, diante do apelo actante e vitalista do Rio, a Ponte, até então estática, foi-se dissolver na incessante correnteza das Águas. “Uma farpa de madeira”­ – parte de si – irrigou-se na vida. Metonimicamente, ela imergiu no todo. Universalizou-se. Com delicadeza, a cena conclusiva, em frases curtas, deslizantes, sonoras, traduz o  momento de sua essencial e delicada entrega:   

Uma farpa de madeira seca desprende-se lentamente. Desenha movimentos no ar, e em seguida, deita-se suavemente sobre a água. Flutua.
Perde-se, inexoravelmente, no fluxo. 


2- A questão da influência e o desvio do cânone  

A escrita alegoria de Boechat preserva, nos bastidores textuais de sua construção, um palimpsesto de memórias literárias e filosóficas. Camadas superpostas de vários estilos artísticos, de visões de mundo, de eternas inquietações filosóficas estão ali – submersas, mas pulsantes – entre as frestas do discurso numa interlocução bem moderna.  Nas últimas décadas– com os estudos críticos de Harold Bloom (A angústia da influência, O mapa da desleitura), de Gérard Genette (Palimpsestes), de Júlia Kristeva (Semanálise) sobre a intertextualidade, de Mikail Bakhtin e de demais mentores dos estudos literários – sabe-se que a influência de um autor sobre outro não mais se sustenta segundo a concepção do passado.
  À luz do revisionismo teórico atual, cada escritor, apesar de conservar ecos temáticos ou linhas estruturais dos que o precederam, instaura seu próprio fazer. Constrói seu caminho pela qualidade da divergência e não pela mera identidade dos modelos preexistentes. Não imita. Recria. Redimensiona o existente. Aliás, influência, para Nietzsche, já significava revitalização.  Desvio da norma para instaurar o novo.
Sobre isso, Harold Bloom elaborou longa meditação, ligada à leitura dos antigos pelos modernos. Expõe que o produtor de agora traz, no inconsciente, uma bagagem de escritas e, ao compor sua obra, se deixa contagiar por tudo ali estocado. Para Bloom, o autor do presente deve “ler”, mas “desler” os predecessores, a fim de amortecer a tradição e processar o “desvio” do cânone. Contudo, sem “a angústia da influência”, pois, mesmo que não o queira, a voz do outro estará “pichada em tinta invisível nas entrelinhas” da nova produção. Ou melhor, ressoando, nela. O teórico norte-americano empregou o termo clinamen, colhido no latino Lucrécio, para significar a misreading, isto é, a desleitura e o “desvio” de um texto em relação à obra do antecessor.
Tal explicação acima, meio extensa, surgiu aqui porque, em De Repente, Vozes, sonorizam-se, interlocutivos, temas e procedimentos literários diversos. Logo avulta, por exemplo, o artifício da alegoria, comum entre os clássicos gregos e latinos, com propostas moralizantes e construções animistas, embora a alegoria tenha ressurgido, revigorada, na Idade Média, no Neoclassicismo (Arcadismo), noRomantismo e, no século XX, sobretudo com os estudos de Walter Benjamin.
Também ecos de Thomas Merton, o monge filósofo da “contemplação” e da “ação” –  as duas linhas de força da peça de Boechat – dão-se a ouvir “nas entrelinhas”, em que pese o episódio ali narrado seja totalmente outro. Porém, aproxima-se dele pelo estilo, pela paisagem, pelo enfoque da natureza antropomorfizada. Lembra, sobretudo certas passagens alegóricas de A via de Chuang-Tzu,  um dos livros  de Merton [2].
Além disso, há o emprego da prosopopeia, figura da linguagem literária de certos contos antigos e do universo do faz-de-conta do “Era uma vez”, onde bichos e seres inanimados falam e dramatizam ações humanas. A estrutura e o tom da peça fazem também pensar em um apólogo, composição dialogada em prosa ou verso com uma lição moral, na qual figuram objetos imagisticamente dotados de palavras, de que é paradigmático exemplo “A agulha e a linha”, de Machado de Assis.  
Já na trilha dos pré-socráticos, emerge, em De Repente, Vozes, “pichada em tinta invisível”, a cosmovisão de Parmênides, o filósofo do permanente, opondo-se ao vir-a-ser de Heráclito, o filósofo da mudança. E, na mesma dimensão dinâmica do devir, mais modernamente lá está, camuflado, Ernst Bloch, o pensador alemão do “princípio esperança”, com os companheiros comungantes do mesmo credo que acentuaram, na esteira marxista, o poder transformador do Homem, graças à ação.
A trama de Boechat requisita ainda mais memórias para o convívio intertextual renovador. A Ponte, por sua vez, na aparente harmonia, equilíbrio e precisão dos inícios, representa o lado apolíneo. E o Rio, turbilhonante de paixões criativas, recorda o sensório desconstrutivismo dionisíaco. Estão, aí, os dois polos articuladores das tensões do trágico, problemática tão bem desenvolvida por Nietzsche em A origem da tragédia.


3- Conclusão  

Norberto Seródio Boechat abasteceu-se em fontes originárias, recriando-as nas águas de sua cisterna. “Leu” e “desleu” os mestres. Realizou o clinamen, preconizado por Bloom. Aliás, esta não é uma maneira indireta e generosa de entregar aos leitores o que os antigos têm de melhor?  Mas, ao mesmo tempo, Boechat marcou a sua diferença, na confluência de múltiplas vozes: antigas e atuais. Daí, a perfeita adequação do título: De Repente, Vozes,  Vozes que “não mais que de repente”, se fizeram ouvir na placidez silente de um simbólico anoitecer neoclássico-romântico nas tonalidades modernas de seu alegórico Teatro da Alma. Vozes para levarem os humanos a pensarem... Pensarem... Pois “o pensamento não é uma centelha de Deus nas sinapses?” [3].  Então, “por que não permitir que uma velha Ponte discuta com o Rio?”. 



[1] Alegoria aqui  é  entendida no etimológico sentido grego de allós = outro +  agorein = falar.   De ser uma coisa, mas falar (representar) outra, ou melhor, de apontar para algo diverso de sua intrínseca  realidade. As alegorias encarnam conceitos abstratos, “modelares”, cuja existência está em outro lugar de sua própria representação. Talvez a melhor definição de alegoria seja a de Isidoro de Sevilha: et aliud enin sonat  et allud intelligentur, ou seja:” dizer uma coisa, significando outra”.
                                              
[2] Thomas Merton (1915-1968) escritor norte-americano, embora nascido na França, compôs, nesta obra, uma série de versões pessoais de trechos clássicos do filósofo do século IV ou III a.C.,  Chuang Tzu,  talvez o mais espiritual dos pensadores chineses representantes do taoísmo. A “re-criação” também da sabedoria antiga por Merton, um místico moderno, oferece uma visão extraordinária do mundo e do pensamento intemporal.  Merton influenciou intelectuais, políticos e espiritualistas das décadas de 70 e 80 do século passado.
[3] Sinapse, local de contato entre neurônios, onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos de uma célula à outra.




Divulgação Cultural
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20 comentários:

  1. Eis aí um título intelectualzado. No nível e feito do Blog.
    Parabéns a Dalma.

    Lúcio

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  2. Estou em estado de graça. Nada mais consigo dizer. Obrigada!!!!!!!!!!!
    Belvedere

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    1. Belvedere, eu também fiquei em estado de graça. Que maravilha o ensaio da minha querida amiga Dalma nascicmento. Repassei aos amigos: Antonio Torres, Deonísio da Silva, Ivan Cavalcanti Proença, Arthur Poerner, Cecília Costa, Carlos Verçosa (Salvador), Maria Teresa Amaral, Sonia de Barros (França), Zorávia Bettiol (Porto Alegre, Moniz Bandeira (Alemanha), Dante Mendonça (Curitiba),João do Curujão, e tantos outros. Sergio Caldieri-Niterói

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  3. Parabéns, Dalma, pelo brilhantismo do trabalho, que mostra seu vasto conhecimento literário e sua extraordinária capacidade intelectual: você conseguiu antecipar para o leitor toda a beleza do texto e a sensibilidade do autor, a quem também parabenizo.
    Grande abraço.
    Izaura

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  4. Não conheço a obra de Norberto Seródio Boechat, porém a análise de Dalma Nascimento aviva o meu desejo de lê-la,brilhante. Desenvolve no seu texto habilidades e interesses sobre o autor e sua obra - uma arte elevada - segundo a sua longa e embasada análise. É uma avaliação que assegura o status de escritor e o pressupõe incluso no circuito literário. Parabéns

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  5. Como de costume, minha querida mestra, Dalma Nascimento, dos tempos da Faculdade de Letras da UFRJ, nos brinda com brilhante ensaio sobre a obra de Norberto Boechat, De Repente, Vozes.

    A catedrática Dalma Nascimento, mais uma vez deixa a marca indelével de sua erudição e sensibilidade, já decantadas desde a vivência universitária, quando tive a felicidade de partilhar de seu grande saber.

    Parabéns, Dalma, pelo prazer renovado da leitura de seu generoso texto que se debruça sobre a ponte, para nos ensinar a ver o rio passar!

    Flávia Savary, escritora, dramaturga e ilustradora

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  6. “A Ponte e o Rio: contrastes amalgamados em complementaridade”

    Analisada de maneira arguta e brilhante pela ensaísta Dalma Nascimento, a peça teatral De Repente, Vozes, da autoria de Norberto Seródio Boechat, promove o diálogo contrastante de Ponte e Rio (assim mesmo, com maiúsculas, como costumava usar o escritor irlandês Oscar Wilde, no sentido de enfatizar valor e vida a seus personagens). Assim o autor animiza e “humaniza” Ponte e Rio, emprestando-lhes confiabilidade.

    Boechat filosofa poeticamente, tendo por base duas metáforas: a Ponte (lunar, estática, imutável) e o Rio (solar, vivo, pulsante, pura ação). Este sempre o mesmo e não, conforme a observação heraclitiana de que as águas jamais correm iguais sobre o leito de um rio — vira complementaridade da outra, debatendo na humana e significativa peça do escritor Norberto Seródio Boechat.

    Olga Savary, poeta, ficcionista, ensaísta, tradutora e jornalista

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  7. Espetáculo!!! Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!Espetáculo!!!

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  8. Belo texto, Dalma,
    Erudito, claro, provocante, apresenta um texto dando-nos pistas suficientes para que dele vejamos diversos aspectos e para que desejemos conhecê-lo diretamente. Afinal,que é uma obra se nao o efeito do olhar?
    A Ponte e o Rio sao, segundo sua interpretaçao, imagens dos aspectos apolineos e dionisiacos do Homem. Mas seu texto nos faz pensar que podem ser, além disso, belas imagens da paisagem que compõem a Obra e a Critica, fluidez e apoio, devir e interpretaçao.
    Obrigada!

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  9. Que beleza, Roberto! Falta-me gabarito para comentar uma postagem desse quilate. Belvedere

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  10. Não me espanta a leitura da peça de Boechat, feita por Dalma Nascimento, minha eterna orientadora. Desde que a conheci, ainda nas salas da UFRJ, na Avenida Chile, a aguçada palavra crítica e o brilho de sua investigação me prepararam, para com ela aprender e também saber aquilatar quem seja um autor de mérito. A partir do olhar de Dalma sobre a peça de Norberto Boechat,o que continua a me espantar e a me fazer feliz - como professora de literatura - é que o mundo, com todas as suas discrepâncias, não consegue/não conseguirá, jamais, calar os poetas. Por tudo isso, estamos de parabéns.
    Delia Cambeiro
    Profª Associada IL/UERJ; Pós-Doutora em Literatura Comparada (Universidade da Coruña); Professora de Literatura Italiana; Ex-Professora da Aliança Francesa do Rio de Janeiro.

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  11. Sou Fisioterapeuta
    Na sessão de uma paciente ,soube do excelente blog do Roberto Kahlmeyer fiquei freguesa gostei muito do ensaio da Dalma Nascimento
    Diva Maria Duarte

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  12. Um poeta de Niterói me falou sobre este blog do filósofo Roberto Kahlmeyer. Amo literatura. Venho acessando sempre. Hoje, vi a análise da professora Dalma Nascimento. Não sabia que o famoso geriatra de Niterói, Dr. Norberto Boechat, era também escritor. Diante do aval da Dalma Nascimento, vou procurar os livros dele.Em que livraria, encontro?
    Raymunda C. P. Novaes.

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  13. Brilhante a análise da professora Dalma. Não conheço a obra de Boechat, mas quero conhecer. No tópico 1 cheguei a imaginar um ambiente do arcadismo. Depois, o texto cristalino de Dalma nos conduz ao âmago do trabalho do autor. Ao ler o trecho de grande beleza que fala da ponte, instintivamente eu a humanizei, pareceu-me mais pungente do que o rio, pois a ponte terá sua finitude, e talvez já vislumbre isso, enquanto o rio sempre correrá, e conduzirá. Senti a ponte tão humana... Aprendi muito com a leitura da análise da Profa. Dalma, e guardei, entre outros, o pensamento interessantíssimo e bonito de que influência já significa revitalização.
    Obrigado, Roberto, pela postagem maravilhosa.
    Um grande abraço.
    Carlos Rosa Moreira.

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  14. Boa tarde, radiante senhor Roberto.

    Agradeço pela generosidade dos seus e-mails.

    A amizade começa quando as necessidades de outra pessoa se tornam mais importantes do que as nossas.

    Provérbio germânico: A mente tem um passo ligeiro, mas a amizade vai mais longe.

    Atenciosamente,
    Um aperto de mão,

    Alberto Slomp

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  15. Prezado Roberto, obrigada pelo destaque que deu ao meu texto e à merecida obra de Dr. Boechat.

    A página ficou perfeita, refinadíssima: belas paisagens adequadas ao tema, música de Vivaldi conjugada à ambiência, epígrafe de Heidegger tão bem escolhida.

    Sente-se o desvelo exemplar nos detalhes. Primoroso, o conjunto.

    Você é mesmo o anfitrião da cultura fluminense. Seu Blog ganha dimensões internacionais.

    Dalma Nascimento

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  16. Nós do "Literatura-Vivência" temos o prazer de comunicar que a presente postagem de autoria da professora Dalma Nascimento acaba de completar 550 acessos de internautas/leitores.

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  17. Querida Dalma, adoro fazer comentarios para os meus contactos da minha turma em My Space e não sou alguém que cumprimenta unicamente. Quando estou leendo tento sempre entender o sentido do texto e tentar comentar com a minha propria sensibilidade. E por isso que sem tempo não da. Li de novo este texto. Não conheço o contexto desta peça de teatro infelizmente mas adorei esta analise sua entre a ponte e o rio. A minha visão destes dois conceptos (fixo e mutavel) é também linhas que se cruzam unicamente UMA vez. A ponte permite andar numa direção e o rio numa outra direção completamente diferente. Escolher a direção da ponte é também escolher a opção terrestra, escolher a direção do rio seria escolher a opção maritima.

    Adorei também a sua foto... Linda.

    Adorei também cruzar os comentarios de Eliana, Délia, Flavia...

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  18. Dalma Nascimento, ao comentar “A Ponte e o Rio”, peça teatral do Dr. Norberto Boechat, vai aos arquétipos do texto, às ideias originais, identificando as fontes da cultura e da filosofia.

    A sua presença neste blog enriquece o leitor e, como diz a escritora Belvedere, leva-nos a “um estado de graça”. Vai aos meandros da narrativa, incorporando novas leituras com suas iluminadas análises.

    Comprova, assim, seu brilhantismo, fundamentado em profundos conhecimentos da Grécia clássica, sempre atualizados. Fornece-nos mais uma Ponte de acesso à fecunda escrita do Dr. Boechat.

    Olívia BARRADAS. Professora de Teoria Literária, Literatura Comparada e Semiótica (UFRJ) e de Literatura Brasileira (Universidade de Paris III, Sorbonne).

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  19. Caríssima professora Dalma Nascimento, sou orientanda da professora associada Delia Cambeiro, que sempre tece inúmeros elogios sobre seus estudos literários. A professora Delia me recomendou a leitura de tão fantástica análise sobre a peça teatral de Norberto Boechat. Foi um prazer lê-la, as imagens da ponte e do rio não me saem da mente, uma alegoria magnífica realizada em "De repente, Vozes". Suas belas e vivazes palavras me atiçaram a conhecer mais ainda as obras deste escritor. Deixo, também, gravada nessa mensagem, o grande interesse em conhecê-la, pois sempre que escuto falar na estudiosa Dalma Nascimento é de maneira enaltecedora. Parabéns pelo ensaio!

    Parabéns também ao blog por possibilitar tão brilhantes e enriquecedoras discussões literárias.

    Anne Morais
    Profª. Mª IL/UERJ; Mestra em Teoria da Literatura e Literatura Comparada (UERJ). Professora de Cultura, Literatura e Língua italianas.

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