"Caminho e balança,
ponte e palavra
encontram-se em uma passagem.
Vai e toma sobre ti
erro e pergunta
ao longo de tua única senda".
(Martin Heidegger, A experiência do pensar)
A ponte e o rio
1- As tensões existenciais da história
A concisa peça
teatral de Norberto Seródio Boechat, De Repente,
Vozes, encena poeticamente, atitudes psicológicas e filosóficas do viver
humano através do dramático diálogo de duas figuras alegóricas [1] em
tensão: a Ponte e o Rio. Iluminando reflexões fundamentais de conteúdo
universal, o autor, com novos timbres e imagens, problematiza situações existenciais frequentes entre pensadores do
passado e do presente.
A trama de
Boechat se desenrola num ambiente campesino de tonalidades neoclássicas e
românticas, sugeridas no texto pela rubrica com as marcações de palco. Delineia-se,
então, no imaginário do leitor/espectador a cena introdutória: o lusco-fusco de
um entardecer/ anoitecer bucólico, em que a paisagem natural, com exuberantes
metáforas, ganha conotações cósmicas atemporais: montanhas, um vale, voos de
pássaros, ruídos rurais de um final do dia, brisa suave levantando “cálices de
pó e folhas secas”, nuvens. Infinito.
Aberto
totalmente o pano do cenário, eis, em primeiro plano, os dois núcleos geradores
do relato. De um lado, a Ponte: solitária, contemplativa, imutável. Petrificada
entre dois rochedos. Com a madeira corroída pelo tempo e pelos dramas a que assiste,
mostra-se majestosa. Mas, sendo uma representação anímica das inquietações
humanas, sofre tensões subterrâneas. Sem vida própria, sente “as dores e
alegrias” dos que por ela passam e “entram em (sua) essência e fazem vibrar o
íntimo de (suas) fibras envelhecidas”. Vicariamente, delega suas emoções aos
transeuntes que vêm e vão; ao vento “que leva ao pó (suas) feridas”; à chuva,
que lhe “lava as entranhas”. Busca, assim, “nessa vida todo seu significado e
grandiosidade”, ainda que, em segredo, ou inconsciente, deseje as palpitações do
mundo.
De outro
lado, o Rio, em contínua movência e mutações. Corajoso, ele aceita e assume “o
universal destino”, que lhe foi traçado. Mas não se cristaliza em verdades
prontas. Aventura-se. Transita por continentes. Confere beleza ao entorno. “Penetra
as rochas em mil desenhos”. “Junta-se ao mar’. Renova-se. “É expressão do infinito
na infinitude das formas”. “Jamais, repete os movimentos”. Como já pensara Heráclito,
suas águas, de fato, nunca são iguais. Ninguém passa duas vezes pelo mesmo rio.
Porém, apesar da importância, sofre igualmente “as dores e o peso dos corpos”
dos que por ele navegam. Convive com antinomias. Partilha da ambivalência das
coisas, conforme confessa à Ponte: “Não vês que, há milênios, transporto
esperança, luzes nos conveses. Mas ao mesmo tempo, escuridão nos porões?”. Julga-se,
entretanto, um semideus: “Sabes, quase sou uma divindade: carrego a força da
vida, o princípio... e o fim”. Imerso na primitividade arcaica, ele reúne em si
o dualismo do sacer, do sagrado
inaugural, quando claridade e trevas, começo e término deveriam ter-se abraçado
sem os maniqueísmos reducionistas das
posteriores religiões.
O simbólico
universo acima, apenas esboçado, claramente denota que a proposta de Boechat é
colocar em questão, por meio de emblemas alegóricos, o Grande Teatro da Alma,
onde contracenam e se conflitam duas condutas humanas divergentes: o conformado
imobilismo dos indivíduos-Ponte e a dinâmica construtiva dos seres-Rio. Com
argumentos específicos a ambos, tal mensagem se dá a entender quando se digladiam
as codificadas certezas de um, diante da mutante fluidez dos atos em processo,
do outro. Pedagógico sem proselitismo, o autor pretende demonstrar por esse
embate que tudo depende da decisão pessoal. Das escolhas, pois o problema
central reside no crucial impasse: acolher a inércia da Ponte ou o fluir arfante
do Rio? Aceitar o risco aleatório do novo ou o desenho existencial já riscado
pelo destino, embora só Deus conheça por inteiro o traçado do bordado?
Porém, o final
da peça deixa entrever o triunfo – ainda que provisório –, da ação humana. Ação que
gradativa se vai construindo rumo àquela infinidade de formas ainda sem forma, em
compasso e confluência com a harmonia circulante no cosmos. Tanto que, diante do
apelo actante e vitalista do Rio, a Ponte, até então estática, foi-se dissolver
na incessante correnteza das Águas. “Uma farpa de madeira” – parte de si –
irrigou-se na vida. Metonimicamente, ela imergiu no todo. Universalizou-se. Com
delicadeza, a cena conclusiva, em frases curtas, deslizantes, sonoras, traduz o
momento de sua essencial e delicada entrega:
Uma farpa de
madeira seca desprende-se lentamente. Desenha movimentos no ar, e em seguida, deita-se suavemente sobre a água.
Flutua.
Perde-se, inexoravelmente, no fluxo.
2- A questão da influência e o desvio do
cânone
A escrita
alegoria de Boechat preserva, nos bastidores textuais de sua construção, um
palimpsesto de memórias literárias e filosóficas. Camadas superpostas de vários
estilos artísticos, de visões de mundo, de eternas inquietações filosóficas estão
ali – submersas, mas pulsantes – entre as frestas do discurso numa interlocução
bem moderna. Nas últimas décadas– com os
estudos críticos de Harold Bloom (A angústia
da influência, O mapa da desleitura), de Gérard Genette (Palimpsestes), de Júlia Kristeva (Semanálise) sobre a intertextualidade, de
Mikail Bakhtin e de demais mentores dos estudos literários – sabe-se que a
influência de um autor sobre outro não mais se sustenta segundo a concepção do
passado.
À luz do
revisionismo teórico atual, cada escritor, apesar de conservar ecos temáticos ou
linhas estruturais dos que o precederam, instaura seu próprio fazer. Constrói
seu caminho pela qualidade da divergência e não pela mera identidade dos modelos
preexistentes. Não imita. Recria. Redimensiona o existente. Aliás, influência,
para Nietzsche, já significava revitalização. Desvio da norma para instaurar o novo.
Sobre isso, Harold
Bloom elaborou longa meditação, ligada à leitura dos antigos pelos modernos.
Expõe que o produtor de agora traz, no inconsciente, uma bagagem de escritas e,
ao compor sua obra, se deixa contagiar por tudo ali estocado. Para Bloom, o autor
do presente deve “ler”, mas “desler” os predecessores, a fim de amortecer a
tradição e processar o “desvio” do cânone. Contudo, sem “a angústia da
influência”, pois, mesmo que não o queira, a voz do outro estará “pichada em tinta
invisível nas entrelinhas” da nova produção. Ou melhor, ressoando, nela. O teórico
norte-americano empregou o termo clinamen,
colhido no latino Lucrécio, para significar a misreading, isto é, a desleitura e o “desvio” de um texto em
relação à obra do antecessor.
Tal explicação
acima, meio extensa, surgiu aqui porque, em De
Repente, Vozes, sonorizam-se, interlocutivos, temas e procedimentos
literários diversos. Logo avulta, por exemplo, o artifício da alegoria, comum entre
os clássicos gregos e latinos, com propostas moralizantes e construções
animistas, embora a alegoria tenha ressurgido, revigorada, na Idade Média, no Neoclassicismo
(Arcadismo), noRomantismo e, no século XX, sobretudo com os estudos de Walter
Benjamin.
Também ecos
de Thomas Merton, o monge filósofo da “contemplação” e da “ação” – as duas linhas de força da peça de Boechat – dão-se
a ouvir “nas entrelinhas”, em que
pese o episódio ali narrado seja totalmente outro. Porém, aproxima-se dele pelo
estilo, pela paisagem, pelo enfoque da natureza antropomorfizada. Lembra,
sobretudo certas passagens alegóricas de A
via de Chuang-Tzu, um dos livros de Merton [2].
Além disso,
há o emprego da prosopopeia, figura da linguagem literária de certos contos antigos
e do universo do faz-de-conta do “Era uma vez”, onde bichos e seres inanimados
falam e dramatizam ações humanas. A estrutura e o tom da peça fazem também pensar
em um apólogo, composição dialogada em prosa ou verso com uma lição moral, na
qual figuram objetos imagisticamente dotados de palavras, de que é
paradigmático exemplo “A agulha e a linha”, de Machado de Assis.
Já na trilha
dos pré-socráticos, emerge, em De Repente,
Vozes, “pichada em tinta invisível”, a cosmovisão de Parmênides, o filósofo
do permanente, opondo-se ao vir-a-ser de Heráclito, o filósofo da mudança. E,
na mesma dimensão dinâmica do devir, mais modernamente lá está, camuflado, Ernst
Bloch, o pensador alemão do “princípio esperança”, com os companheiros
comungantes do mesmo credo que acentuaram, na esteira marxista, o poder
transformador do Homem, graças à ação.
A trama de
Boechat requisita ainda mais memórias para o convívio intertextual renovador. A
Ponte, por sua vez, na aparente harmonia, equilíbrio e precisão dos inícios, representa
o lado apolíneo. E o Rio, turbilhonante de paixões criativas, recorda o sensório
desconstrutivismo dionisíaco. Estão, aí, os dois polos articuladores das
tensões do trágico, problemática tão bem desenvolvida por Nietzsche em A origem da tragédia.
3- Conclusão
Norberto
Seródio Boechat abasteceu-se em fontes originárias, recriando-as nas águas de
sua cisterna. “Leu” e “desleu” os mestres. Realizou o clinamen, preconizado por Bloom. Aliás, esta não é uma maneira indireta
e generosa de entregar aos leitores o que os antigos têm de melhor? Mas, ao mesmo tempo, Boechat marcou a sua diferença,
na confluência de múltiplas vozes: antigas e atuais. Daí, a perfeita adequação
do título: De Repente, Vozes, Vozes que “não mais que de repente”, se
fizeram ouvir na placidez silente de um simbólico anoitecer neoclássico-romântico
nas tonalidades modernas de seu alegórico Teatro da Alma. Vozes para levarem os
humanos a pensarem... Pensarem... Pois “o pensamento não é uma centelha de Deus
nas sinapses?” [3].
Então, “por que não permitir que uma
velha Ponte discuta com o Rio?”.
[1] Alegoria aqui é
entendida no etimológico sentido grego de allós = outro + agorein = falar. De ser uma coisa, mas falar (representar)
outra, ou melhor, de apontar para algo diverso de sua intrínseca realidade. As alegorias encarnam conceitos
abstratos, “modelares”, cuja existência está em outro lugar de sua própria
representação. Talvez a melhor definição de alegoria seja a de Isidoro de
Sevilha: et aliud enin sonat et allud intelligentur, ou seja:” dizer
uma coisa, significando outra”.
[2] Thomas Merton (1915-1968) escritor
norte-americano, embora nascido na França, compôs, nesta obra, uma série de
versões pessoais de trechos clássicos do filósofo do século IV ou III a.C., Chuang Tzu, talvez o mais espiritual dos pensadores chineses
representantes do taoísmo. A “re-criação”
também da sabedoria antiga por Merton, um místico moderno, oferece uma visão
extraordinária do mundo e do pensamento
intemporal. Merton influenciou
intelectuais, políticos e espiritualistas das décadas de 70 e 80 do século
passado.
[3] Sinapse, local de contato entre neurônios, onde ocorre
a transmissão de impulsos nervosos de uma célula à outra.
Divulgação
Cultural
(Clique na
imagem para ampliar)
Eis aí um título intelectualzado. No nível e feito do Blog.
ResponderExcluirParabéns a Dalma.
Lúcio
Estou em estado de graça. Nada mais consigo dizer. Obrigada!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirBelvedere
Belvedere, eu também fiquei em estado de graça. Que maravilha o ensaio da minha querida amiga Dalma nascicmento. Repassei aos amigos: Antonio Torres, Deonísio da Silva, Ivan Cavalcanti Proença, Arthur Poerner, Cecília Costa, Carlos Verçosa (Salvador), Maria Teresa Amaral, Sonia de Barros (França), Zorávia Bettiol (Porto Alegre, Moniz Bandeira (Alemanha), Dante Mendonça (Curitiba),João do Curujão, e tantos outros. Sergio Caldieri-Niterói
ExcluirParabéns, Dalma, pelo brilhantismo do trabalho, que mostra seu vasto conhecimento literário e sua extraordinária capacidade intelectual: você conseguiu antecipar para o leitor toda a beleza do texto e a sensibilidade do autor, a quem também parabenizo.
ResponderExcluirGrande abraço.
Izaura
Não conheço a obra de Norberto Seródio Boechat, porém a análise de Dalma Nascimento aviva o meu desejo de lê-la,brilhante. Desenvolve no seu texto habilidades e interesses sobre o autor e sua obra - uma arte elevada - segundo a sua longa e embasada análise. É uma avaliação que assegura o status de escritor e o pressupõe incluso no circuito literário. Parabéns
ResponderExcluirComo de costume, minha querida mestra, Dalma Nascimento, dos tempos da Faculdade de Letras da UFRJ, nos brinda com brilhante ensaio sobre a obra de Norberto Boechat, De Repente, Vozes.
ResponderExcluirA catedrática Dalma Nascimento, mais uma vez deixa a marca indelével de sua erudição e sensibilidade, já decantadas desde a vivência universitária, quando tive a felicidade de partilhar de seu grande saber.
Parabéns, Dalma, pelo prazer renovado da leitura de seu generoso texto que se debruça sobre a ponte, para nos ensinar a ver o rio passar!
Flávia Savary, escritora, dramaturga e ilustradora
“A Ponte e o Rio: contrastes amalgamados em complementaridade”
ResponderExcluirAnalisada de maneira arguta e brilhante pela ensaísta Dalma Nascimento, a peça teatral De Repente, Vozes, da autoria de Norberto Seródio Boechat, promove o diálogo contrastante de Ponte e Rio (assim mesmo, com maiúsculas, como costumava usar o escritor irlandês Oscar Wilde, no sentido de enfatizar valor e vida a seus personagens). Assim o autor animiza e “humaniza” Ponte e Rio, emprestando-lhes confiabilidade.
Boechat filosofa poeticamente, tendo por base duas metáforas: a Ponte (lunar, estática, imutável) e o Rio (solar, vivo, pulsante, pura ação). Este sempre o mesmo e não, conforme a observação heraclitiana de que as águas jamais correm iguais sobre o leito de um rio — vira complementaridade da outra, debatendo na humana e significativa peça do escritor Norberto Seródio Boechat.
Olga Savary, poeta, ficcionista, ensaísta, tradutora e jornalista
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ResponderExcluirBelo texto, Dalma,
ResponderExcluirErudito, claro, provocante, apresenta um texto dando-nos pistas suficientes para que dele vejamos diversos aspectos e para que desejemos conhecê-lo diretamente. Afinal,que é uma obra se nao o efeito do olhar?
A Ponte e o Rio sao, segundo sua interpretaçao, imagens dos aspectos apolineos e dionisiacos do Homem. Mas seu texto nos faz pensar que podem ser, além disso, belas imagens da paisagem que compõem a Obra e a Critica, fluidez e apoio, devir e interpretaçao.
Obrigada!
Que beleza, Roberto! Falta-me gabarito para comentar uma postagem desse quilate. Belvedere
ResponderExcluirNão me espanta a leitura da peça de Boechat, feita por Dalma Nascimento, minha eterna orientadora. Desde que a conheci, ainda nas salas da UFRJ, na Avenida Chile, a aguçada palavra crítica e o brilho de sua investigação me prepararam, para com ela aprender e também saber aquilatar quem seja um autor de mérito. A partir do olhar de Dalma sobre a peça de Norberto Boechat,o que continua a me espantar e a me fazer feliz - como professora de literatura - é que o mundo, com todas as suas discrepâncias, não consegue/não conseguirá, jamais, calar os poetas. Por tudo isso, estamos de parabéns.
ResponderExcluirDelia Cambeiro
Profª Associada IL/UERJ; Pós-Doutora em Literatura Comparada (Universidade da Coruña); Professora de Literatura Italiana; Ex-Professora da Aliança Francesa do Rio de Janeiro.
Sou Fisioterapeuta
ResponderExcluirNa sessão de uma paciente ,soube do excelente blog do Roberto Kahlmeyer fiquei freguesa gostei muito do ensaio da Dalma Nascimento
Diva Maria Duarte
Um poeta de Niterói me falou sobre este blog do filósofo Roberto Kahlmeyer. Amo literatura. Venho acessando sempre. Hoje, vi a análise da professora Dalma Nascimento. Não sabia que o famoso geriatra de Niterói, Dr. Norberto Boechat, era também escritor. Diante do aval da Dalma Nascimento, vou procurar os livros dele.Em que livraria, encontro?
ResponderExcluirRaymunda C. P. Novaes.
Brilhante a análise da professora Dalma. Não conheço a obra de Boechat, mas quero conhecer. No tópico 1 cheguei a imaginar um ambiente do arcadismo. Depois, o texto cristalino de Dalma nos conduz ao âmago do trabalho do autor. Ao ler o trecho de grande beleza que fala da ponte, instintivamente eu a humanizei, pareceu-me mais pungente do que o rio, pois a ponte terá sua finitude, e talvez já vislumbre isso, enquanto o rio sempre correrá, e conduzirá. Senti a ponte tão humana... Aprendi muito com a leitura da análise da Profa. Dalma, e guardei, entre outros, o pensamento interessantíssimo e bonito de que influência já significa revitalização.
ResponderExcluirObrigado, Roberto, pela postagem maravilhosa.
Um grande abraço.
Carlos Rosa Moreira.
Boa tarde, radiante senhor Roberto.
ResponderExcluirAgradeço pela generosidade dos seus e-mails.
A amizade começa quando as necessidades de outra pessoa se tornam mais importantes do que as nossas.
Provérbio germânico: A mente tem um passo ligeiro, mas a amizade vai mais longe.
Atenciosamente,
Um aperto de mão,
Alberto Slomp
Prezado Roberto, obrigada pelo destaque que deu ao meu texto e à merecida obra de Dr. Boechat.
ResponderExcluirA página ficou perfeita, refinadíssima: belas paisagens adequadas ao tema, música de Vivaldi conjugada à ambiência, epígrafe de Heidegger tão bem escolhida.
Sente-se o desvelo exemplar nos detalhes. Primoroso, o conjunto.
Você é mesmo o anfitrião da cultura fluminense. Seu Blog ganha dimensões internacionais.
Dalma Nascimento
Nós do "Literatura-Vivência" temos o prazer de comunicar que a presente postagem de autoria da professora Dalma Nascimento acaba de completar 550 acessos de internautas/leitores.
ResponderExcluirQuerida Dalma, adoro fazer comentarios para os meus contactos da minha turma em My Space e não sou alguém que cumprimenta unicamente. Quando estou leendo tento sempre entender o sentido do texto e tentar comentar com a minha propria sensibilidade. E por isso que sem tempo não da. Li de novo este texto. Não conheço o contexto desta peça de teatro infelizmente mas adorei esta analise sua entre a ponte e o rio. A minha visão destes dois conceptos (fixo e mutavel) é também linhas que se cruzam unicamente UMA vez. A ponte permite andar numa direção e o rio numa outra direção completamente diferente. Escolher a direção da ponte é também escolher a opção terrestra, escolher a direção do rio seria escolher a opção maritima.
ResponderExcluirAdorei também a sua foto... Linda.
Adorei também cruzar os comentarios de Eliana, Délia, Flavia...
Dalma Nascimento, ao comentar “A Ponte e o Rio”, peça teatral do Dr. Norberto Boechat, vai aos arquétipos do texto, às ideias originais, identificando as fontes da cultura e da filosofia.
ResponderExcluirA sua presença neste blog enriquece o leitor e, como diz a escritora Belvedere, leva-nos a “um estado de graça”. Vai aos meandros da narrativa, incorporando novas leituras com suas iluminadas análises.
Comprova, assim, seu brilhantismo, fundamentado em profundos conhecimentos da Grécia clássica, sempre atualizados. Fornece-nos mais uma Ponte de acesso à fecunda escrita do Dr. Boechat.
Olívia BARRADAS. Professora de Teoria Literária, Literatura Comparada e Semiótica (UFRJ) e de Literatura Brasileira (Universidade de Paris III, Sorbonne).
Caríssima professora Dalma Nascimento, sou orientanda da professora associada Delia Cambeiro, que sempre tece inúmeros elogios sobre seus estudos literários. A professora Delia me recomendou a leitura de tão fantástica análise sobre a peça teatral de Norberto Boechat. Foi um prazer lê-la, as imagens da ponte e do rio não me saem da mente, uma alegoria magnífica realizada em "De repente, Vozes". Suas belas e vivazes palavras me atiçaram a conhecer mais ainda as obras deste escritor. Deixo, também, gravada nessa mensagem, o grande interesse em conhecê-la, pois sempre que escuto falar na estudiosa Dalma Nascimento é de maneira enaltecedora. Parabéns pelo ensaio!
ResponderExcluirParabéns também ao blog por possibilitar tão brilhantes e enriquecedoras discussões literárias.
Anne Morais
Profª. Mª IL/UERJ; Mestra em Teoria da Literatura e Literatura Comparada (UERJ). Professora de Cultura, Literatura e Língua italianas.