Às vésperas do segundo sábado de Bienal - com lançamento de livro sobre a roda literária do Café Paris - lembremos a poesia romântica de Baudelaire, na pena de Muna Omran:
Folha de rosto de um exemplar de As flores do mal, de Baudelaire,
edição definitiva publicada um ano após a morte do poeta (1868),
acervo da biblioteca pessoal de Roberto Kahlmeyer-Mertens
edição definitiva publicada um ano após a morte do poeta (1868),
acervo da biblioteca pessoal de Roberto Kahlmeyer-Mertens
As flores do mal - Um delirante encontro parisiense
Após um dia de intensa leitura,
saio da Bibliothèque Nationale de France
e chego às margens do Sena.
Lá, sinto o cheiro de Baudelaire,
cheiro das flores do mal.
Sou marginal,
no jogo matinal,
caminho contra a multidão,
no Boulevard Saint German,
em busca do poeta francês.
Nos jardins de Luxemburgo,
Calmamente, o vejo
Contemplar o verde.
E respirar os ares parisienses
Sem um mínimo de pudor.
Oh! Verdes cabelos misturados à paisagem de Luxemburgo.
Repentinamente, some.
vou atrás,
em direção a Bois de Bologne
e vejo suas sifilíticas e raquíticas prostitutas.
Baudelaire por elas é atraído
e por elas foi traído.
Some meu poeta marginal,
agora, atravesso a Saint German
e entro na Saint Michel.
De novo a multidão.
A fonte,
os cafés,
a Sorbonne,
corro em direção ao Opera,
e de repente me vejo na “Boule” de Montparnasse.
Sigo o cheiro das flores do bem,
lembro das palavras que acabo de ler.
Quero encontrar meu poeta francês.
Como um animal,
sinto o forte cheiro de Baudelaire,
e atrás dele,
entro por um grande portão.
Vejo lápides,
olhares fúnebres,
todos lúgubres.
Entre eles,
mais um poeta torto,
o “gauche” das flores do mal.
Divulgação Cultural
(Clique na imagem para ampliar)
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Faaala alemão!
ResponderExcluirGostei do postagem com a poesia da Muna!
Bacana vc ter um livro raríssimo como este do Beaudelaire. Em sua legenda à foto, o trecho: "acervo da biblioteca pessoal de Roberto Kahlmeyer-Mertens", soou alguma coisa como: Fundação Calouste Gulbenkian ou Eva Klabin! rsrsrsrrs.
Pouco importa, Roberto.
Você já é uma instituição, uma fundação. rsrsrs
Abraços
Olá Roberto,
ResponderExcluirFiquei sabendo pelo Eduardo que você vai naquele Congresso Internacional de Fenomenologia para a Lituânia! Vai ser na semana que vêm? Quando você embarca!
Muito fera, hein?!
O Blog é legal.
Abraço
Antônio Cícero
KÁRÁKÀS Prof!
ResponderExcluirLitania? Não eh lah a terra do papai noel? rsrsrsr.
q lingua se fala na Lituania? Lituanês? rsrsr.
Ninguém t segura +
Continua lah na UNIPLI?
Celly! :)
Uma postagem meio deparatada!
ResponderExcluirQual a relação entra Café Paris, Baudelaire, Muna Omran, Bienal, Nitpress, Capitu e Beiruth?
Resposta lacônica ao comentário anônimo: vivência e literatura.
ResponderExcluirCaro Kahlmeyer
ResponderExcluirTer resgatado a memória do Café Paris foi, de fato, um grande feito em nome da literatura de Niterói. Depois de vc ter publicado o "Vida Aperteda" estão se proliferando os estudos sobre aquele grupo literário. Esse tal de Tangerini que está lançando livro pe parente do Nestor Tangerine?
Na última vez em que conversamos vc havia me dito que vc publicará uma edição dos "Sonetos" do Lili Leitão. Será uma obra filológica como a anterior?
Não sairá nesta Bienal?
Que música bonita! Que vídeo lindo...
ResponderExcluirÉ de que filme?
Os outros dois poemas da Muna eu achei melhores, desculpe!
Adélia Mesquita
Minha cara poetisa, inspirada Muna Omran:
ResponderExcluirEncontro em Charles Baudelaire trechos tão bonitos; tive mesmo vontade de relê-los neste fim de tarde.
Transmito-lhe, como se fora uma mensagem DELE, especialmente para você:
O SPLEEN DE PARIS - XXXIII
Embriaga-te:
"Deve-se estar sempre bêbado. Está tudo aí: é a ùnica questão. A fim de não se sentir o fardo horrível do Tempo que parte tuas espáduas e te dobra sobre a terra, é preciso te embriagares
sem trégua. " (...)
A música, a poesia e o vídeo são tão inspiradores, Roberto...
ResponderExcluirLaurinha
Aeeeeeeeeeee Kahlmeyer na Academia Fluminense de Letras!... Que cor é o fardão!?
ResponderExcluirIran
Adorei a poesia da Muna!
ResponderExcluirSó entende quem já esteve em Paris!
Bela é Paris, Roberto!
Bom é o seu Blog!
Abraços, Beth
Parabéns também por participar de um evento cultural na Universidade de Vilnius, na Lituânia, apresentando um texto sobre Heidegger. Você está-se abrindo cada vez mais para o cenário do mundo! Vi o programa e felicito-o.
ResponderExcluirAmistosos cumprimentos!
Dalma
Caro Roberto,
ResponderExcluirMande-nos notícias de como foi a Bienal.
Mario Amarante
Olá Prezado Roberto!
ResponderExcluirParabéns pelo Blog.
Aproveito para sugerir a tua coleguinha, Marcelly Vespasiano: Que reveja seu estudo sobre geografia, afim de não pagar mico, indo à Lituânia a procura do Papai Noel.
Abração e muito sucesso e boa viagem pra tu.