terça-feira, 23 de agosto de 2011

Euclydes da Cunha, poeta

4:54h. Fim de um serão de estudos. Uma postagem só para o dia nascer feliz:

Euclydes da Cunha segundo Cândido Portinari  



Saint-Just

Un discours de Saint-Just donnait tout de suíte
un caractère terríble au débat...
(RAPFY: Procès de Louis XVI)


Quando à tribuna ele se ergueu, rugindo,
- Ao forte impulso das paixões audazes
Ardente o lábio de terríveis frases
E a luz do gênio em seu olhar fulgindo,


A tirania estremeceu nas bases,
De um rei na fronte ressumou, pungindo,
Um suor de morte e um terror infindo
Gelou o seio aos cortesãos sequazes -


Uma alma nova ergueu-se em cada peito,
Brotou em cada peito uma esperança,
De um sono acordou, firme, o Direito -


E a Europa - o mundo - mais que o mundo, a França -
Sentiu numa hora sob o verbo seu
As comoções que em séculos não sofreu!









4 comentários:

  1. O blog está ficando bonito...

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  2. Já assisti aqui em São Paulo este monólogo anunciado. Recomendo!

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  3. Literatura-Vivência: vida inteligente em Niterói!

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