domingo, 11 de setembro de 2011

Poema de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)





Ao Fernando de Aviz

Num meio-dia de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se longe.
 Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
 subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espirito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez com que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E porque toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando agente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espirito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."

E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É a minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

 


Divulgação Cultural
(Clique na imagem para ampliar)

26 comentários:

  1. União Brasileira de Escritores - UBE13 de setembro de 2011 às 13:18

    Caro Roberto,

    O senhor não gostaria de se filiar à UBE?
    Aguardamos seu retorno.
    Atenciosamente,

    Rosani
    Secretaria Administrativa da UBE

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  2. Meu caro Roberto, muito e muito obrigado pela oferenda deste oitavo poema de "O guardador de Rebanhos", de Caeiro, declamado por tanta gente famosa e até por gente desconhecida como este seu amigo. É lindo e verdadeiro, em cada verso grafado.
    Com o abraço do Fernando e o coração do Roberto

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  3. Maximiano de Carvalho e Silva13 de setembro de 2011 às 18:11

    Meu caro amigo:

    Agradeço a atenção de me enviar com tanta regularidade os seus escritos.
    Gostaria de saber se realmente os restos mortais de Charles Ribeyrolles (num caixão de chumbo) ainda estão aqui em Niterói e se no cemitério ainda existe a lápide que os amigos mandaram preparar com inscrições tão significativas. Suponho que o Carlos Wehrs ou o Pimentel tenham escrito alguma coisa a esse respeito. Onde? Sabe informar-me?
    Maximiano de Carvalho e Silva.

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  4. Todo meu carinho para você. Branca Eloysa

    (Qualquer erro de digitação corre por minha incompetência com a tecnologia.)

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  5. Wanderlino Teixeira Leite Netto14 de setembro de 2011 às 21:42

    Roberto,

    A declamação da Bethânia é muito boa. Há uma do Paulo Autran (tenho o CD) simplesmente magistral. Gosto muito do poema. Foi de bom gosto publicá-lo e dedicá-lo ao Roberto Santos (Fernando de Aviz), um estudioso da obra de Fernando Pessoa. Parabéns!

    Wanderlino

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  6. Prezado Roberto.
    Estive relutante ante de dizer qualquer coisa sobre sua mais recente postagem. Afinal, dar palpite sobre o trabalho de um genio é sempre perigoso. Mas, vá lá. Que o poema de Fernando Pessoa é muito bonito, muito inspirado, é verdade; mas que é desnecessariamente iconoclasta, também é. Em parte, é também discursivo e panfletário.
    Nessa linha esteve Guerra Junqueiro quando escreveu, alguns anos antes de Pessoa: “...E ao ver este quadro, apóstolos romanos / em lembrei-me de vós, funâmbulos da cruz / que andais pelo universo há mil e tantos anos / exibindo e explorando o corpo de Jesus.
    Para falar liricamente e enaltecer o Cristo menino que descobriu nele e com ele, Pessoa não precisava menosprezar a figura mítica e emblemática de Jesus.
    Abç.
    Gilson

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  7. Fala sério Gilson,

    o amigo crê, piamente, que Pessoa está veramente interessado em teologia quando escreve esta poesia?
    O menino Jesus é mera ocasião para poetar. Pessoa não está nem um pouco interessado em dogma bíblico!

    Não há, assim, menosprezo!
    Vc não acha?

    Marcos Rocco

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  8. Concordo com o Gilson,

    Com as coisas sacras deve-se lidar com respeito ou então se calar.
    Não é assim que diz o mandamento: "não usar seu santo nome em vão"?

    E poesia por poesia, não se vê um J. G. de Araújo Jorge cometer essas heresias (heresia é mais que menosprezo).

    Georgette Lindolfo

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  9. Caramba, Roberto,

    depois de ler o comentário de Georgette me senti um pecador. Passou diante de meus olhos aquela cena de "O sétimo selo" de Ingmar Bergmann, no qual a inquisição chega acabando com a festa dos saltimbancos.

    É quase inacreditável saber que tem gente que pensa assim no século XXI.

    Estou tão culpado que vou rezar um terço!

    Marcos

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  10. Eu achei o inadimiçível esta poesia!

    É porisso que eu, enquanto Intelectual, não escrevo poesia.

    Já pedi que meu secretário encontrasse o email do autor para escrever protestando, da mesma forma que fiz quando o José Saramago escreveu o Evangelho segundo o espiritismo.

    Salvador

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  11. Esse tal de Salvador será o pai do menino Jesus?
    Caso sim, o secretário deve ser São Pedro!

    Escrever email para o Alberto Caeiro?! Santa mãe do céu (ops, sem menosprezo!) Hahahahahah...

    Piá

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  12. Gente, a intervenção do Gilson Rolim é inteligente. Afinal, em Portugal mesmo, no passado, as publicações passavam pela mão de El Rey antes de ser publicadas, justamente para não ter cunho ideológico ou herético.

    Embora inteligente a consideração, não entendo, contudo que seja menosprezar a figura bíblica de Jesus...

    Sônia

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  13. É ridícula a consideração do Gilson!

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  14. A literatura é livre,mesmo que seja ( não é o caso) para menosprezar ou descrer da figura de Jesus. Quem garante que o ser existiu? Quem prova que Deus existe? Bom seria não misturar as estações. Deixem a imaginação fluir, fluir, sem amarras.
    Edna Marques

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  15. Roberto S. Kahlmeyer-Mertens15 de setembro de 2011 às 20:07

    Comentário em resposta ao Gilson Rolim e ao Marcos Rocco:

    Primeiramente, devo indicar que hoje me posiciono como também comentarista e não na condição de mediador, como de costume.

    Concordo com a sua postura no que se refere à poesia de Alberto Caeiro (heterônimo do escritor Fernando Pessoa), a poesia aqui em apreço, em seus aspectos estéticos, não está em questão.

    Quanto à temática da poesia, temos muito a discordar: Caeiro não quer defender teses enquanto faz poesia, assim, não o avalio, portanto, como panfletário. Ora se admitirmos Pessoa como um grande poeta (é assim que o considero) estima-se que ele não gaste seu verbo panfletando. Todos sabemos (e não seria diferente com o poeta em apreço) que literatura engajada, em qualquer que seja a causa, se torna menor: vira propaganda (data venia, acho que nem Maiakovski escapa a esta crítica).
    Ao contrário do comentário de Marcos Rocco, também não entendo que o motivo do menino Jesus seja um gracejo do poeta, não se trata apenas de um mote para fazer poesia. Nesse caso, qualquer mote teria sentido, qualquer gracejo seria inspiração e, de gracejo em gracejo, a Graça (no sentido de Dádiva) da poesia se esboroaria.

    O tema do menino Jesus é significativo e, neste, está em jogo não apenas a humanidade de um Deus, mas o sagrado dos homens. Como é que o homem se aproxima do sagrado? De muitos modos, a poesia é um deles. Poetar (com a licença de utilizar o termo usado por Rocco) é chamar o mundo à pauta por meio por uma linguagem extra-ordinária (ou seja, fora do costumeiro, fora do ordinário).

    Pessoa faz isso durante sua poesia. Apresenta um Deus menino, um Deus humano um Deus que sai dos nichos e dos santuários para ser sagrado na tranquilidade de uma vida na aldeia, no leito enquanto dorme um sono de criança, ao sopé da porta enquanto brinca com seixos. Isso seria iconoclástico? Sim! Muito! E é iconoclástico na melhor acepção da palavra. Pessoa destrói o ícone que faz de Deus uma figura (utilizando os termos do Gilson) “mítica e emblemática” da tradição bíblica, para que possamos ver o que há de sagrado nas pequenas atitudes (muitas delas poéticas) da vida. Pessoa descontrói as três figuras da trindade “no céu servindo de modelo para todas as outras” e mostra que santo é aquele que é humano às últimas consequências, que é radicalmente humano.

    Provocativamente, poderíamos dizer, que mais que iconoclasta, Pessoa assume, ali, o papel do “anticristo”. Como também anticristo foi Nietzsche (um irmão de sangue de Pessoa). Explico-me (antes que o leitor se precipite): entre ter um cristo depurado asceticamente de todo traço significativo da vida humana, um deus soterrado por séculos de exegese, Pessoa, bem como Nietzsche, se opõe ao Cristo bíblico, estabelecido pela autoridade e arbítrio dos doutores em dogmática, em favor de um Deus que nos faz lembrar do sagrado em nós.
    Assim, não há menosprezo ou ódio à divindade na poesia de Pessoa (há a negativa, a antítese, contra a tradição teológica consolidada e a ideia de um Deus reduzido a ícone, a um deus inerte).

    Já é mais que batida aquela sentença de Nietzsche segundo a qual: “não posso acreditar em um Deus que não saiba dançar”, pois o Deus que aparece na poesia de Fernando Pessoa não apenas dança quanto toca lira.

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  16. oi prof!

    tava inspirado!
    isso mesmo um Cristo de carne.

    vamo escrever p o papa e pedi p trocar aquela bolacha seca que eles chamam de óstia por uma fatia de salaminho!

    heheheheheh

    depois eu rezo!...

    Celly

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  17. Carlos Jose Rosa Moreira15 de setembro de 2011 às 20:59

    Roberto
    Neste poema Pessoa é sarcástico, crítico, doce, sério, reverente, emotivo, esperançoso, amoroso, verdadeiro. E mais muitas outras coisas. Enxergar mais isso ou aquilo, depende do leitor, da história do leitor, do seu coração e dos seus olhos. É curioso, às vezes fascinante e às vezes aterrador, ter acesso às várias interpretações de diferentes leitores.
    Sua colocação foi ótima. Parabéns.
    Carlos Rosa Moreira.

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  18. Emmanuel de Macedo Soares15 de setembro de 2011 às 21:14

    Desculpem a minha ignorância. Fernando Pessoa eu conheço. Mas esse tal de menino Jesus quem é?

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  19. Quem é o beócio que confunde "O evangelho segundo Jesus Cristo" de José Saramago com o "Evangelho segundo o espiritismo" de Alan Kardec?
    Só com a ajuda de Kardec ele conseguirá falar com Fernando Pessoa!

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  20. Olha,com tudo isso, Fernando Pessoa em sua pluralidade poética é muito mais enigma do que tudo que foi dito aqui!

    Armindo

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  21. Caro Kahlmeyer,

    A fala do Gilson Rolim provocou o debate e seu comentário levantou o nível da "conversa".

    Mas não pense que me engana com esse papo nietzscheano. Em sua fala o que dá o tom é muito mais o projeto desconstrutivista da hermeneutica-filosófica heideggeriana do que o "filosofar com o martelo", de Nietzsche!

    Valeu!
    Ana

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  22. Até que enfim, vida inteligente na internet!!!

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  23. Renato Augusto Farias de Carvalho16 de setembro de 2011 às 11:25

    Caríssimo Roberto,

    Publicar Fernando Pessoa é, sempre, momento de renovação.Tento fugir do lugar comum, mas não me é possível: o POETA de lingua portuguesa apaixona, fere, é absolutamente múltiplo e UNO na venerabilidade de sua criação. Já não é " poesia " como se tenta retratar ou destratar, ou etc... é mais, muito mais. É um ato de genealidade, uma abstração patética e, ao mesmo tempo, um " novo " e sentimental versejar, lirismo humano, e, aqui, sinto vontade de repetir o que escreveu Maria Aliete Galhoz :
    " (...) ele permaneceu até ao fim inteiro e igual a si mesmo - vulnerável mas desassombrado e não rendendo nunca Césares o que é do Homem ou é dos Deuses. Por isso a severa lucidez ou a indisciplinadora acusação das suas palavras públicas, o humanismo da sua compreensão e da sua solidariedade particulares, e inabdicada independência e dignidade - para lá das formas, das modas, das estéticas e de seus próprios erros - da sua obra . "
    Eu não me atrevo a algum comentário ou apreciação " crítica " .
    Quem sou eu ? Simplesmente amo esse imenso " ABISMO " poético e
    suas composições como ALÉM - DEUS , quando temos vontade de abraçar as palavras do Poeta, o delírio - timidez/coragem - e esta vontade de penetrar o grande silêncio, o misterioso silêncio do amável CRIADOR.
    Parabéns pelo Blog ( bela essência ! ) Termino, e passo a palavra ao próprio Poeta: " Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evuluçõa da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça".

    Renato Augusto Farias de Carvalho

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  24. Kahlmeyer,

    o blog é de incontestável bom gosto e nível.

    Parabéns,

    Amarildo Silva

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  25. Gosto das intervenções de Renato Augusto.
    Edna Marques

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