sábado, 9 de abril de 2011

Luiz Leitão, poeta da Roda do “Café Paris”

Quem são os “atores” da Renascença Fluminense? As postagens anteriores suscitaram perguntar como essa. Essas desejam saber se teríamos talentos que pudessem encabeçar a proposta de um renascimento da cultura literária fluminense (e, se caso houvesse, quem seriam essas figuras). As postagens que se seguirão a esta vêm responder a essas indagações. Apresentaremos alguns dos escritores que compõem o significativo cenário da literatura fluminense (sejam eles vivos-atuantes ou pertencentes a um passado ainda muito vigente). Consideremos homenageados os nomes aqui contemplados; estejamos, pois, preparados para o que é reconhecido como o melhor e o mais louvável na literatura feita no Rio de Janeiro.



Carta amorosa, Luiz (Lili) Leitão


Principio a escrever: ‘- Minha adorada!
não te posso esquecer um só momento
porque em minh’alma tenho retratada
a tua imagem num deslumbramento’.


Continuo a escrever à namorada,
‘Teu nome não me sai do pensamento;
sendo palavra, para mim, sagrada,
quando a profissão do gozo represento’.


Acabo de escrever. Rabisco minha
assinatura. E então meto a cartinha
num bonito envelope. Molho a pena…


Vou fazer o endereço… E que castigo!
Dou mil tratos à bola e não consigo
Recordar-me do nome da pequena.

 

4 comentários:

  1. Caro Roberto,
    Pela excelência, rigor e diligência de seu trabalho, você já representa em nosso meio literário uma mudança (para melhor), um frescor que só não reparou ainda aqueles que estão cristalizados em sua base acadêmica secularizada (algumas figuras tão sólidas e empedernidas que suponho de devam defecar mármore).
    Vejam as nossas academias: uma série de candidatos a defuntos, gente semi-morta que já não produz há décadas! Que ganham prêmios por trabalhos que foram escritos na década de 90,instituições que vivem noticiando posses de acadêmicos que ocorreram na década de 80, 90!!! Figurinhas que distribuem medalhinhas entre si numa postura medíocre, safada, canalha!
    Espero que te descubram logo. Seu trabalho é vital para a literatura de Niterói, só quem não é torpe pode ver! Espero viver para assistir sua entrada na ABL

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  2. Aiiiiiiiiiiiiiiii!!!! que chapoletada!
    Isso deve doeeeeeeeeeeerrrr!

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  3. Caro Emanuel,

    Agradeço sinceramente sua manifestação de apoio e reconhecimento ao meu trabalho, embora reconheça que suas opiniões sobre a vida acadêmico-literária de nossa cidade sejam um tanto enérgicas demais.
    Pela política democrática e de liberdade de expressão que orienta a administração do meu Blog, vejo-me no dever de publicar sua postagem, ainda que não concorde inteiramente com seu juízo. Não é assim que ensina Voltaire, quando diz: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”?
    Devo dizer que pertenço a algumas instituições literárias de Niterói cuja vida acadêmica é bastante producente e ativa. Sou feliz nelas. Tenho interesse em me filiar a outras para poder desempenhar o mesmo padrão de trabalho que, no tempo certo, vem sendo apreciado por você e por outros.
    No mais, não cultivo a pretensão de ir para a Academia Brasileira de Letras - ABL.

    Abraço cordial
    R. S. Kahlmeyer-Mertens

    PS: Continue acompanhando as postagens do Literatura-Vivência

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  4. Lindomar Bezerra (prof de literatura da rede estadual de ensino)14 de abril de 2011 às 09:11

    Isso mesmo Kahlmeyer,
    muito ético de sua parte, muito ético.
    Não é pq vc está crescendo que vai pisar nos outros.

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