A intervenção, a bem dizer, se confunde com a atividade intelectual. Assim, os posicionamentos crítico, esclarecedor e contestatório são, mesmo, atividades daqueles que se assumiram para si a tarefa de vigilantes permanentes da ação do Estado ou de outras instituições com papel regulador quando estas ferem direitos civis. Contudo, para mostrar que a atuação intelectual é isenta, e apenas interessada na defesa dos referidos direitos, é possível (e até necessário) que os intelectuais usem suas vozes para também reconhecer os acertos do governo no cumprimento diligente de seu papel. Longe de ser propaganda ideológico-partidária e, menos ainda, mera generosidade, este reconhecimento se caracteriza como justiça. Ressaltar os acertos de uma gestão política, ainda mais quando esta, democraticamente, promove a cultura fomentando a educação e democratizando o acesso a fontes de saber aos cidadãos é dever do intelectual e o propósito da presente postagem.
O que, aqui, se registra são momentos de uma bela festa de cultura que teve por mote a reinauguração da Biblioteca Pública de Niterói no último dia 05 de julho. Esperada por longos dois anos e quatro meses, a festa de entrega do prédio criteriosamente reformado (segundo os padrões arquitetônicos e estéticos de época) contou com a presença de autoridades políticas, representantes das instituições culturais do estado do Rio de Janeiro, membros da comunidade e escolares. A cobertura fotográfica do evento é o que veremos a seguir:(*)
Convite da cerimônia de reinauguração enviado para alguns dos principais representantes
da vida cultural de Niterói
Fachada da Biblioteca Pública de Niterói momentos antes da cerimônia de entrega do prédio reformado (reinauguração)
Segunda vista da fachada da Biblioteca antes da reinauguração
Chegada de autoridades e personalidades de destaque convidadas para a inauguração:
(ao centro) o jornalista Sérgio Cabral, ao seu lado Paulo Rattes (ainda ao centro, diante de Sérgio Cabral), o Secretário de Assistência Social do estado Rodrigo Neves, além da Secretária de Cultura Adriana Rattes e da Diretora da Biblioteca Glória Blauth (ambas de costas).
No canto esquerdo, o convidado Sérgio Chacon.
Novo ângulo da cena descrita acima
Placa em bronze que registra a cessão do espaço da Biblioteca para o funcionamento da
Mesa composta por autoridades por ocasião da reinauguração da Biblioteca Pública de Niterói. São identificados, entre outros, (da esquerda para a direita), o Presidente da Imprensa Oficial do Rio de Janeiro, Haroldo Zager; a Superintendente da Leitura e do Conhecimento da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Vera Saboya; o Reitor da Universidade Federal Fluminense, Roberto Salles, o Secretário Rodrigo Neves; O Prefeito de Niterói Jorge Roberto Silveira; a Secretária de Cultura Adriana Rattes, representando o Governador do estado, Sérgio Cabral Filho, André Diniz; a Diretora da Biblioteca Glória Blauth. De pé, o Presidente da Academia Fluminense de Letras -AFL, Edmo Rodrigues Lutterbach.
Vista da audiência e do auditório recém reformado
Novo ângulo da mesa diretora, Edmo Lutterbach discursa como
Presidente da Academia Fluminense de Letras.
A Secretária de Cultura Adriana Rattes em pronunciamento oficial, na ocasião representava o Governador do estado, Sérgio Cabral Filho.
Visão de mesa por outro ângulo do auditório
Após a solenidade, o Presidente da Academia Fluminense de Letras - AFL,
recebe os cumprimentos do Prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira.
Adriana Rattes e Edmo Rodrigues Lutterbach após a solenidade de entrega da Biblioteca reformada
Em primeiro plano: o Secretário Rodrigo Neves, a Diretora Glória Blauth, a Secretária de Cultura Adriana Rattes e o Presidente da AFL Edmo Lutterbach.
Ao fundo, o Presidente da Imprensa Oficial Haroldo Zager.
O Vereador Jorge Issa, o Presidente Lutterbach e
o Presidente do Clube dos Advogados Reinaldo de Almeida
O Presidente da AFL Edmo Rodrigues Lutterbach com Carlos Silvestre Monaco,
diretor do Grupo Monaco de Cultura
Tendo os principais movimentos literários de Niterói se originado no círculo lítero-boêmio do chamado Café Paris, esforços de resgate dessa identidade literária vêm sendo empreendidos desde o ano de 2008 - data em que se publicou a edição crítica de Vida Apertada, obra referencial do dito movimento e que permanecera esgotada por quase nove décadas - .
Sob a aleluia do editor Luiz Augusto Erthal, do Professor Roberto Kahlmeyer-Mertens e com aquiescimento da Superintendente da Leitura e do Conhecimento da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Vera Saboya, a Biblioteca Pública de Niterói se reinaugura tendo o Café Paris como temática, como se pode ver:
Painel temático do Café Paris como decoração da Biblioteca Pública de Niterói.
Painel temático do Café Paris, parte da decoração da Biblioteca
Painel temático do Café Paris
O editor Luiz Augusto Erthal (Nitpress) dá início ao recital de poesias dos escritores do Café París (evento da programação da reinauguração) para o Prefeito Jorge Roberto Silveira
O Prefeito Jorge Roberto Silveira, os Secretários do Governo do Estado Adriana Rattes e Rodrigo Neves,
o Presidente da Academia Fluminense de Letras Edmo Lutterbach e a Diretora da Biblioteca Glória Blauth assistem ao recital com poesias do Café Paris, apresentado pelos poetas do grupo
Uma noite na taverna
Foi possível reviver as letras do Café Paris na interpretação
dos jovens expoentes do grupo Uma noite na taverna.
Na foto, da esquerda para a direita: Romulo Narducci, Janaína da Cunha (sentados), Pakkatto
e Rodrigo Santos (de pé, respectivamente)
Luiz Augusto Erthal, jornalista e editor da Nitpress, Roberto Kahlmeyer-Mertens, Rosemar Sônia Pereira, da ALRO e Reinaldo de Almeida do CAN-OAB
Vera Saboya conversa com Luiz Augusto Erthal.
De costas, Márcia Queiroz Erthal conversa com a poetisa Maria Helena Latini.
A Diretora da Biblioteca Pública Estadual de Niterói Glória Blauth (a quem, diga-se de passagem, devemos agredecer por toda dedicação e zelo despendidos no belo empreendimento que foi a restauração da Biblioteca) ao lado de um dos muitos terminais digitais de consulta disponíveis aos usuários (tradição e modernidade de mãos dadas).
Os principais representante da cultura letrada de Niterói estiveram presentes no evento de reinauguração da Biblioteca Pública de Niterói, vejamos alguns deles.
Os acadêmicos Neide Barros Rêgo e Luís Antônio Pimentel
(Pimentel perto de completar 100 anos de idade)
A poetisa Maria Helena Latini, a psicóloga Gel Lima e a editora Márcia Queiroz Erthal
Neide Barros Rêgo, Leda Mendes Jorge, Gracinha Rêgo
Carlos Monaco entre amigos
O ator Guti Fraga (mestre de cerimônias da festa) ao lado de Neide Barros Rego e Nicolau Costta
Adequada a diversos públicos e afim aos conceitos mais modernos de biblioteca (atendendo aos quesitos de informatização, acessibilidade e qualidade técnica de atendimento), a Biblioteca Pública de Niterói conta agora com um acervo renovado e com outros acervos antigos restaurados (ou em processo de restauro), espaços voltados à filosofia, à história fluminense, ao teatro e ao leitor infantojuvenil.
Check outs de consulta de acervo
Rampa de acesso para deficientes e elevador
A BPN e seu amplo espaço de estacionamento
Após este registro, que apresenta este pedaço de Alexandria entregue pelo Governo do Estado do Rio ao povo fluminense, aproveitamos para sugerir a Biblioteca (e a ampla área dela, que compreende a praça da República e os estacionamentos do entorno) como ponto catalizador de feiras e grandes eventos relativos à cultura letrada. Quem sabe a Prefeitura de Niterói não se anime a presentear também a comunidade da cidade com a terceira e tão ansiada edição do Salão de Leitura de Niterói?...
(*) Registra-se aqui um agradecimento cordial a Neide Barros Rêgo, Gracinha Rego e a Murilo Lima pelo gentil envio de fotografias para esta postagem.
Vc leu o Prosa & Verso ? Uma bela matéria de Beth Orsini falava sobre Halina, aquela piscanalista que foi casada com João Cândido Portinari e depois com Paulo Moura.Eu u desconhecia todos aqueles fatos. Lembrei de vc. Não é amigo dele? Vale ler, Roberto. Beth fazendo essas matérias consegue ainda ser melhor do que como cronista.
ResponderExcluirVou ler o texto.
Bjs
Belvedere
Parabéns, Niterói.
ResponderExcluirRoberto, ficou excelente, a cobertura fotográfica.
Vou divulgar bastante.
1 beijo, Márcia Pereira, Edições Galo Branco, Rio de Janeiro.
Parabéns, Roberto!
ResponderExcluirApenas uma observação ainda em tempo de correção: A nova Biblioteca não tem mais a palavra Estadual. Agora, com a reinauguração deste belíssimo espaço multiuso, passou a se chamar Biblioteca Pública de Niterói/BPN.
Um forte abraço do confrade,
P.R.Cecchetti
Excelente cobertura Kahlmeyer!
ResponderExcluirA obra ficou lindíssima. Eu, que já estava com vontade de levar minhas turmas para conhecer, ganho, após esta matéria, uma motivação a mais.
Fiquei impressionada em ver como é jovem a Secretária de Cultura Adriana Rattes! É uma menina!
Ainda hei de viver para ver você, Kahlmeyer, também Secretário de Cultura de Niterói!
Abraços de sua admiradora.
Glorinha Galvão
Gostei muito de ver a inauguração via seu rico blog. Como não estive lá, agora sei como aconteceu.
ResponderExcluirValeu, amigo!
Bjs
Belvedere
Não se enganem, Roberto Kahlmeyer, um dia será Secretário de Cultura de Niterói. É só questão de tempo!
ResponderExcluirSobre os comentários de Glórinha Galvão e Sônia Lobo:
ResponderExcluirTambém fiquei surpreso quando João Cândido Portinari me apresentou a Adriana Rattes (no último dia da exposição dos Painéis de Portinari). Nossa Secretária, ao lado da atriz e diretora Carla Camurati, se mostrou tão jovial quanto proativa.
Quanto a ser Secretário de Cultura de Niterói (hehehe), nunca nutri esta pretensão.
Sônia
ResponderExcluirE será com justiça, o que é ainda melhor.
Belvedere
Foi bonita a festa, Pá!...
ResponderExcluirabraços,
Marquinhos
Caro amigo Roberto,
ResponderExcluirSaudações fluminenses!
Feliz lembrança a sua de fazer uma postagem sobre a Biblioteca.
Incentivar os livros e a leitura num país em que muitos ainda não lêem me parece uma grande coisa!
Um tanto entusiasmada demais sua postagem, por um lado, mas não se pode negar que vc cumpre seu papel de intelectual, como de hábito!
Passarei a seguir este blog de hoje em diante.
Um abraço,
Vi
Roberto,
ResponderExcluirgrato pela reportagem sobre a BPN. Pelo que soube e vi nas fotos está uma beleza.
Disseram-me que a Sala Luís Antônio Pimentel (no térreo) desapareceu (não o espaço, mas o nome). É certo?
Abç.
Gilson
Fala alemão!
ResponderExcluirExcelente ideia fazer o Salão de Leitura em frente da Biblioteca. Há espaço suficiente ali!
Não entendo porque a Prefeitura de Niterói descontinuou tão bom evento!...
Muito bom Roberto, reghistro imprtantíssimo e necessário. Quanto a Café Paris, como funcionam os encontros? abçs.
ResponderExcluirParabéns a Glória pelo acompanhamento de perto deste colosso de obra!
ResponderExcluirComo Bibliotecária, sei que seria a mesma coisa sem o trabalho dela!
Prezado Sérgio,
ResponderExcluirA dita "Roda do Café Paris" foi um movimento que vigorou em Niterói entre as décadas de 1910-30, no período em que a cidade era capital do estado do RJ.
Funcionava num Café aos moldes europeus que existia no centro da cidade e que era ponto de encontro de jornalista, artistas, intelectuais, boêmios e literatos. Desta aglomeração, surgiram ideias de criar a Academia Niteroiense de Letras, o Cenáculo Fluminense de História e Letras etc... (alguns movimentos literários de Niterói ainda possuem a características de "roda"). O que a Biblioteca fez foi comprar a ideia da Roda do Café Paris para homenagear a literatura da cidade. Conforme a programação, a cada mês haverá um evento de resgate ao grupo do Café Paris (mesas redondas, debates, palestras etc...). Colaborarei com a programação e alguns dos eventos serão divulgados em breve. Manterei você informado. Caso deseje saber mais sobre o Café, confira, no Blog, a postagem do dia 4 de julho.
Um abraço,
Roberto Kahlmeyer
Caro Roberto,
ResponderExcluirCostumo dizer que movimento é personalidade, seu blog esbanja personalidade, esteja certo.
Vamos levantar uma cruzada para termos defronte a Biblioteca o IIIo Salão de Leitura de Niterói. A Prefeitura nos deve esta!
Att
Landri
Sabe o que eu mais gostei? É que agora aquele amplo auditório da Biblioteca, anteriormente usado por pouquíssimos, foi democratizado.
ResponderExcluirParabéns Secretária pela saída conveniente e nada egoísta.
Queria ter ido, mas ninguém me mandou um convite... sempre frequentava a biblioteca antes da reforma....
ResponderExcluirOlá..grande Roberto Kahlmeyer,
ResponderExcluirParabéns pela cobertura, textos e fotos, infelizmente não pude comparecer a inauguração por motivo de força maior, realmente ficou muito linda a BPN, a Diretora Glória Blauth me prometeu logo depois da inauguração uma Mostra de Artes sob minha curadoria, quem ganha com isso é sempre a população que usa a Biblioteca para suas consultas,
grande abraço,
Att,
De Luna Freire
Prezado amigo Roberto Kahlmeyer-Mertens:
ResponderExcluirTenho acompanhado o seu trabalho intelectual de divulgar a lilteratura fluminense e, em particular, os eventos e espaços culturais de Niterói. Agora, a reinauguração da Biblioteca Estadual, edição crítica de autores da terra, como o da figura singular de Lili Leitão.
Seu esforço em atrair pessoas que gostam de literatura e de cultura em geral merece aplausos.
De alguma forma, espiritualmente sou ligado a Niterói, pois meu pai, nos anos de 1920, foi aluno interno do Colégio Santa Rosa.. De resto, um ex-aluno ilustre, visto que, mais tarde, se tornaria um dos mais distintos e respeitados jornalistas piauienses, além de professor catedrático de História do Brasil do ensino secundário oficial, de professor de francês e geografia de escola particular, de ex-diretor, professor e proprietário de colégio primário e curso de admissão, em Amarante (Atheneu Ruy Barbosa), interior do Piauí, sua terra natal, de autor de livros e de Membro da Academia Piauiense de Letras.
Ele nasceu em 1905 e faleceu em 1990, em Teresina onde viveu a maior parte da vida..Ainda pretendo visitar aquele colégio. Até hoje, só entrei em contato com a direção por e-mails pedindo inform ações sobre o período em que meu pai lá estudou.
Depois dessa digressão saudosista, que me perdoe por isso, desejo reafirmar meus aplausos pelo que V., jovem e talentoso intelectual, vem dedicando, com amor e inteligência , boa parte de suas energiais à causa do progresso, atualização e divulgação do que Niterói e a cultura flminense tem de melhor.
Um grande abraço do
Cunha e Silva Filho
Roberto, expressivo e necessário este registro! Aliás, você está sendo um elemento importantíssimo da memória da cidade.
ResponderExcluirContinuo acompanhando os passos cada vez mais amplos de sua trajetória intelectual/cultural..
Dalma Nascimento.
Ainda não tive a oportunidade para visitar a biblioteca, mas pretendo fazê-lo o mais breve possível, pois tenho escutado muito bons comentários sobre a restauração e o novo acervo. Dizem que a parte de literatura alemã não está deixando nada a desejar.
ResponderExcluirEduardo Kisse
Roberto!
ResponderExcluirSeu site bomba, hein!?
Parabéns pelos leitores não só interessados como interessantes!
De admirar...
Alex
Robertoooo meu professor queridoooooooooooooo!
ResponderExcluirQue linda ficou a biblioteca!
É pena que estamos no recesso de férias, assim que voltarmos levarei minhas turmas para conhecer o espaço!
Maravilhosoooooo o trabalho de seu Blog!
Vou aderir também a ideia do III Salão de Leitura em frente da Biblioteca. Será SHOW!
Vamos ver se agora a academia que funciona ali na Biblioteca perde a cara de museu de cera. Há muito que ela não faz uma aquisição de sangue quente.
ResponderExcluirSIM, VETUSTA ACADEMIA, SEM NENHUM ROSTO FRESCO.
ResponderExcluirRespeitando o espírito democrático que orienta o Blog, Literatura-Vivência respeita o direito de livre expressão dos usuários que comentam as postagens. A gestão deste veículo, entretanto, não se compromete com essas opiniões, sendo elas de inteira responsabilidade de quem as emite.
ResponderExcluirCaro Roberto
ResponderExcluirA Biblioteca de Niterói ficou linda mesmo! Ainda ontem meu pai me perguntou: Por que não restauram o prédio dos Correios? Uma arquitetura tão bonita... E eu falei: Não me pergunte isso, pq essas coisas me revoltam. No fundo eu sei que o poder público (e suas políticas) é cego ou só olha pra onde lhe é conveniente!